Políticos paraibanos citados em denúncia de Janot contra Michel Temer
Apesar de não serem alvos da denúncia apresentada
pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente
Michel Temer (PMDB), o vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Júnior
(PMDB), e o deputado federal Hugo Motta (PMDB) são citados na nova peça
encaminhada ao Supremo Tribunal Federal.
Os dois são lembrados por supostas ligações e favores prestados ao então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Ainda segundo Janot, o vice-prefeito de João Pessoa teria sido beneficiado por doação do Banco BTG Pactual.
Em um outro momento, Janot faz referência ao nome de Manoel
relacionado ao recebimento por meio do doleiro Lúcio Funaro, que teria
pago R$ 150 mil ao paraibano, que era chamado de Bob/Paraíba.
Denúncia contra Temer
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou ao Supremo
Tribunal Federal os integrantes do chamado “PMDB da Câmara” por
organização criminosa. São acusados o presidente da República, Michel
Temer; Eduardo Cunha, Henrique Alves, Geddel Vieira Lima, Rodrigo
Loures, Eliseu Padilha e Moreira Franco. Segundo a denúncia, eles
praticaram ações ilícitas em troca de propina por meio da utilização de
diversos órgãos públicos, como Petrobras, Furnas, Caixa Econômica,
Ministério da Integração Nacional e Câmara dos Deputados. Michel Temer é
acusado de ter atuado como líder da organização criminosa desde maio de
2016.
Também há imputação do crime de obstrução de justiça por causa dos
pagamentos indevidos para evitar que Lúcio Funaro firmasse acordo de
colaboração premiada. Neste sentido, Michel Temer é acusado de instigar
Joesley Batista a pagar, por meio de Ricardo Saud, vantagens a Roberta
Funaro, irmã de Lúcio Funaro. Os três são denunciados por embaraçar as
investigações de infrações praticadas pela organização criminosa. Apesar
da tentativa, Lúcio Funaro firmou acordo de colaboração premiada com a
Procuradoria-Geral da República, que foi homologado pelo Supremo
Tribunal Federal, e as informações prestadas constam da denúncia.
Wallison Bezerra – MaisPB
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