Polícia Federal afirma que Temer decidia em suposto "Quadrilhão do PMDB" e recebeu R$ 31 milhões
De acordo com a Polícia Federal, Temer possuía poder de decisão do PMDB da Câmara
Em relatório encaminhado nesta segunda-feira, 11, ao Supremo Tribunal
Federal (STF), a Polícia Federal afirmou que Michel Temer recebeu R$
31,5 milhões de vantagens por participar do chamado "quadrilhão do
PMDB", suposta organização criminosa formada por políticos, que atuou na
Petrobrás e na administração federal.
O relatório da investigação, que teve início em 2015, era aguardado
pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para finalizar a
segunda denúncia contra o presidente Michel Temer.
Segundo a PF, além de Michel Temer, também integram a organização
criminosa dentro do PMDB: os ex-presidentes da Câmara Eduardo Cunha e
Henrique Eduardo Alves; o ex-ministro Geddel Vieira Lima; e os ministros
Moreira Franco e Eliseu Padilha.
De acordo com a PF, Temer possuía poder de decisão do PMDB da Câmara
para indicar pessoas para cargos estratégicos e também para fazer a
articulação com empresários beneficiados nos esquemas e receber valores
de doações eleitorais.
A investigação mostrou, no entendimento da PF, que na organização
hierárquica do PMDB da Câmara Temer seria uma figura semelhante a
Eduardo Cunha. Para os investigadores, enquanto Cunha desenvolvia a
parte obscura das negociações, Temer tinha como função oficializar os
atos praticados pelo ex-deputado atualmente preso em Curitiba.
Ao quantificar a vantagem indevida que Temer teria recebido, a PF
elenca R$ 31,5 milhões, sendo R$500 mil por meio de Rodrigo Rocha
Loures, R$ 10 milhões da Odebrecht, R$ 20 milhões do contrato PAC SMS da
diretoria de Internacional da Petrobras e R$ 1 milhão entregue ao
coronel João Baptista Lima Filho, amigo pessoal do peemedebista.
Brasil 247
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