Condenado pela Lava Jato, Dirceu manda indireta a Palocci e diz que prefere morrer a delatar
"Só luta por uma causa quem tem valor. Os que brigam por interesse têm preço", declarou um dos fundadores do PT
© Reuters
José
Dirceu, um dos ex-ministros do governo Lula condenados pela Operação
Lava Jato, disse que prefere morrer do que delatar. A declaração é uma
resposta de Dirceu às negociações com a Procuradoria Geral da República
de Antonio Palocci, que foi ministro da Fazenda e da Casa Civil, nos
governos Lula e Dilma.
"Só luta por uma causa quem
tem valor. Os que brigam por interesse têm preço. Não que não me custe
dor, sofrimento, medo e às vezes pânico. Mas prefiro morrer que rastejar
e perder a dignidade", respondeu Dirceu, segundo a coluna de Mônica
Bergamo, ao ser questionado sobre o fato de Palocci ter envolvido Lula
no recolhimento de propinas para o PT, em depoimento.
Condenado pelo juiz federal
Sergio Moro, em primeira instância, a 32 anos e 1 mês, Dirceu - que é um
dos fundadores do PT e ex-ministro da Casa Civil de Lula - chegou a
ficar preso preventivamente por 1 ano e 9 meses, mas foi solto em maio,
pela Segunda Turma do STF. Ao contrário de Palocci, Dirceu, que ainda
espera julgamento em segunda instâcia, nunca falou em delação,
comportamento similar ao de João Vaccari, ex-tesoureiro do PT. Os dois
ficaram calados "pela causa", ressaltaram interlocutores.
Notícias ao Minuto
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