Chuvas insuficientes comprometem o abastecimento de cidades pelo sistema adutor Coremas/Mãe D'água

As
cidades abastecidas pelo complexo Coremas/Mãe D’água, no Sertão da
Paraíba, têm garantia de abastecimento apenas até janeiro. É o que prevê
a Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado (Aesa), que ainda
salientou que sequer o aumento de 764% das chuvas no mês de julho em
relação à média histórica na época foi suficiente para mudar o cenário.
O açude Mãe D’água é o maior do estado e conta hoje com apenas 5,6% da
capacidade enquanto o Coremas tem 9,3%.
De acordo com os dados da Aesa, o açude de Coremas tem capacidade para
armazenar 591.646.222 metros cúbicos (m³) de água, mas está com apenas
55.109.840 metros cúbicos. Já o açude Mãe D’água, tem capacidade para
567.999.136 de metros cúbicos de água, mas está com apenas 31.750.093.
“Já são seis anos chovendo abaixo da média, mas em julho tivemos um
aumento considerável nas precipitações da região. Choveu em 55
municípios em julho e em Coremas foram 138 milímetros, o que representa
um aumento de 764% em relação à média de 15,97 milímetros”, falou
presidente da Aesa, João Fernandes.
No entanto, ele afirmou que a situação da Paraíba continua crítica,
embora tenha conseguido recuperar Coremas e Mãe D’água que estavam com
níveis abaixo dos registrados anteriormente.
Em fevereiro, Coremas estava com 14.333.271 metros cúbicos, o que
representa 2,4%, e Mãe D’água com 25.838.391 metros cúbicos, o que
representa 4,6% da capacidade. Atualmente a vazão liberada é de 1,5
metros cúbicos por segundo. O complexo abastece as cidades de
Cajazeirinhas, Pombal, Vista Serrana, Paulista, Catolé do Rocha, Brejo
do Cruz, Belém do Brejo do Cruz e São Bento, totalizando cerca de 300
mil pessoas na Paraíba e mais 100 mil no Sertão do Rio Grande do Norte.
PB Agora
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