Brasileiro é rejeitado em vaga de emprego na Itália por ser negro, denuncia sindicato
A oportunidade seria para trabalhar na recepção de um hotel em Cervia, comuna italiana que integra a região da Emília-Romanha
![]() |
Ao considerar que o candidato sofreu discriminação racial, familiares de Paolo recorreram à organização trabalhista para oficializar a denúncia - (Foto: Reprodução) |
Um brasileiro que vive na Itália desde criança,
identificado apenas como Paolo, de 29 anos, foi recusado em uma vaga de
trabalho por ser negro, de acordo com a denúncia feita pela Confederação
Geral Italiana do Trabalho (CGIL) em um post no Facebook, publicado na
última quinta-feira.
A oportunidade seria para trabalhar na recepção de um hotel em Cervia, comuna italiana que integra a região da Emília-Romanha.
"Sinto muito, Paolo, mas não posso colocar rapazes de cor no salão.
Aqui na Romanha as pessoas têm a mentalidade muito atrasada. Me
desculpe, mas não posso fazer você descer. Tchau", diz a mensagem do
empregador, enviada no dia 18 de junho passado.
A publicação da
CGIL na rede social direciona para uma matéria com detalhes sobre o
ocorrido, mas, antes, a organização também deixa seu parecer dizendo que
um hoteleiro "despejou" um jovem morador de Milão por causa da sua cor e
que "o fato é que, na Itália, entre gravidez, cor da pele e idade, a
discriminação no trabalho resiste, o que é contestado pelo sindicato".
Antes de ser recusado por meio de uma mensagem de texto no celular,
Paolo, que trabalha com turismo, já teria enviado seu currículo e
passado por uma entrevista que lhe garantiria o posto.
De acordo com as informações divulgadas, estava tudo encaminhado para
que ele fechasse um contrato de traballho com validade até setembro,
fim do verão europeu. O "não" teria vindo após o empregador receber uma
cópia de sua identidade com foto, conforme pedido.
Ao considerar que o candidato sofreu discriminação racial, familiares
de Paolo recorreram à organização trabalhista para oficializar a
denúncia. O caso tramita na Justiça italiana.
Extra
Nenhum comentário:
Postar um comentário