Nova sanção: Venezuela é expulsa do Mercosul e só será incorporada após 'restaurar ordem democrática'
Suspensa
do exercício de membro do Mercosul desde dezembro por descumprir
obrigações com as quais se comprometeu em 2012, a Venezuela agora
recebeu uma nova sanção por “ruptura da ordem democrática”.
A
decisão foi aprovada por unanimidade e anunciada neste sábado (5), após
uma reunião em São Paulo, da qual participaram representantes do
Brasil, da Argentina, do Uruguai e do Paraguai, os quatro países
fundadores do bloco.
Com
a medida, a reintegração da Venezuela fica mais complicada. Mesmo que
passe a cumprir todos os acordos de 2012, o Mercosul só voltará a
incorporar o país depois de “restaurada a ordem democrática”, afirmou o
documento da reunião.
“Desde
que o governo venezuelano enveredou por um caminho que o levou a se
afastar cada vez mais da democracia, nossos países, em diversas
instâncias, manifestaram preocupação”, afirmou o chanceler brasileiro
Aloysio Nunes.
A
decisão foi baseada na cláusula do Protocolo de Ushuaia, assinado em
1996, que afirma que os países do bloco devem respeitar a democracia
para fazer parte.
A medida coloca o governo de Nicolás Maduro em uma situação ainda mais isolada em relação aos seus pares latino-americanos.
O comunicado não prevê sanções comerciais, mas cada país pode decidir por retaliações próprias conforme seus acordos bilaterais.
Segundo
Nunes, o Brasil não suspenderá a exportação de alimentos para a
Venezuela, porque agravaria a crise humanitária. O protocolo de Ushuaia
não prevê a expulsão de um membro do Mercosul.
MaisPB
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