Governo quer aprovar reforma da Previdência até outubro, diz Henrique Meirelles
Publicado por: Ivyna Souto
O
governo federal espera aprovar a reforma da Previdência até outubro
deste ano, disse o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que
participou de reunião com investidores estrangeiros hoje (3) na capital
paulista. Ele não acredita que o placar da votação que rejeitou a
denúncia contra o presidente Michel Temer vá se refletir na votação das
reformas. “Não é simplesmente quem é contra ou a favor do governo. Vai
além disso. Acreditamos na viabilidade da aprovação”, apontou. O
ministro destacou que a aprovação das reformas demandará trabalho
intenso. “Não é uma coisa trivial”, disse.
Meirelles falou também sobre a reforma tributária que, na avaliação
dele, deve ser votada até novembro. “Estamos trabalhando duro na reforma
tributária e ela vai ser apresentada ao Congresso num próximo momento.”
Ele não descartou a possibilidade de inverter a ordem de votação entre
as reformas prioritárias para o governo. “Se até lá a Previdência não
tiver sido votada, [a tributária pode passar na frente].”
Meta fiscal
O ministro disse ainda que o governo analisa as razões para a queda
na arrecadação para avaliar possíveis mudanças na meta fiscal. “A
princípio a meta é R$ 139 bilhões. Nosso compromisso, nosso objetivo é
cumprir a meta”, afirmou. Entre razões que podem explicar a diminuição
da arrecadação, está a inflação. “Se a inflação volta a convergir para a
meta, portanto, isso tende a regularizar essa parte da receita”,
explicou.
Outra questão que teve impacto, segundo Meirelles, foi o Refis, o
programa de refinanciamento de dívidas de empresas e pessoas físicas.
“Mas a arrecadação junho já retomou um pouco e nossa expectativa é que a
retomada possa resolver essa questão”, disse.
Aumento de combustíveis
Meirelles comentou ainda o prazo de cinco dias dado pela ministra
Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que a Presidência da
República explique o aumento de impostos sobre os combustíveis,
anunciado pelo governo no último dia 20 de julho.
“É
uma discussão normal. O parecer da AGU [Advocacia-Geral da União] foi
de que, sim, neste caso, por razões específicas, o aumento do PIS
[Programa de Integração Social] e Confins [Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social] sobre combustíveis especificamente
pode ser feito por decreto”, justificou.
Fonte: Agência Brasil
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