Procurador-geral da República pede novamente prisão do senador Aécio Neves
procurador-geral
da República, Rodrigo Janot, pediu novamente, nesta segunda-feira (31),
a prisão do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e seu afastamento do mandato.
O G1 procurou a assessoria de Aécio e aguardava resposta até a última atualização desta reportagem.
A prisão já havia sido negada no final de junho, individualmente, pelo ministro Marco Aurélio Mello, relator do caso no STF.
Na
mesma ocasião, o magistrado permitiu o retorno do tucano ao mandato, do
qual estava afastado desde maio, quando estourou a Operação Patmos,
baseada em delação da JBS.
O
novo pedido de Janot é um recurso à decisão de Marco Aurélio. Como a
prisão e o afastamento já foram negados pelo ministro, o recurso será
analisado pela Primeira Turma da Corte, formada também pelos ministros
Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux e Alexandre de Moraes.
Pedido de prisão
Aécio
é acusado de corrupção passiva e obstrução da Justiça. Segundo as
investigações, ele teria pedido e recebido R$ 2 milhões da JBS e atuado
no Senado e junto ao Executivo para embaraçar as investigações da Lava
Jato.
Desde
maio, a PGR sustenta que Aécio usa o poder de senador para interferir
nas investigações. O órgão aponta conversas do senador sobre críticas ao
ex-ministro da Justiça Osmar Serraglio e tentativas de aprovar projetos
de lei que anistiavam o caixa 2 e endureciam punições a juízes e
procuradores por abuso de autoridade.
Para
o procurador-geral da República, o afastamento de Aécio do parlamento,
em maio, não foi suficiente para aplacar o risco de novos delitos e de
prejuízo às investigações.
No
processo, Janot anexou uma foto postada pelo senador no Facebook, no
dia 30 de maio, na qual aparece em conversas com os também senadores do
PSDB Tasso Jereissati (CE), Antonio Anastasia (MG), José Serra (SP) e
Cássio Cunha Lima (PB).
Em
sua defesa, Aécio alega que foi alvo de uma “armação” do dono da JBS
Joesley Batista, que o gravou pedindo os R$ 2 milhões para ajudá-lo a
pagar advogado.
G1
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