Governo Federal admite nesta quarta-feira adiar reajuste dos servidores públicos
A secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi,
admitiu nesta quarta-feira (26) que o governo pode adiar o reajuste dos
servidores públicos que já foi acordado para o ano de 2018.
Vescovi informou que se discute o adiamento “em algums meses”, mas
não informou quantos. Segundo o jornalista Valdo Cruz, da GloboNews, o
governo estuda adiar por seis meses a entrada em vigor do reajuste, de
janeiro para julho de 2018.
Se adotada, a medida pode fazer os gastos com o reajuste cair de cerca de R$ 22 bilhões para R$ 11 bilhões no ano que vem.
A proposta vem em um momento em que o governo enfrenta dificuldades
para fechar suas contas. A arrecadação está abaixo da esperada, reflexo
da crise econômica, e os gastos do governo estão crescendo.
Com o orçamento apertado, o governo já anunciou corte de despesas,
aumento dos tributos sobre combustíveis (suspenso pela Justiça) e vem
enfrentando dificuldades para manter o funcionamento de alguns serviços.
O objetivo da equipe econômica, com a possibilidade de adiar o
reajuste dos servidores públicos é diminuir os gastos com a folha de
pagamentos.
A secretária do Tesouro Nacional explicou que está se referindo ao
reajuste aprovado no último ano, que foi escalonado em quatro anos. A
etapa desse ano já foi concedida para os servidores públicos, mas a do
próximo ano pode ser atrasada.
“O que pode se discutir, está se discutindo, é a postergação de um
reajuste aprovado em lei. Uma prorrogação em alguns meses, em algum
período”, disse a secretária do Tesouro.
PDV e jornada reduzida
Nesta semana, o governo informou que deve editar uma medida
provisória para criar um programa de demissão voluntária (PDV) para os
servidores públicos do Poder Executivo. A adesão começará neste ano, mas
o desligamento será feito somente a partir de 2018.
G1
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