terça-feira, 25 de julho de 2017

Alerta

Vereador diz que passagem molhada em Caraúbas pode estar barrando água da Transposição

Os vereadores querem providências por parte da Aesa, Cagepa, Dnocs, Ministério Público e Ministério da Integração, para fiscalizar e punir possíveis responsáveis por desvios.

A passagem molhada foi construída entre os municípios de Caraúbas e Camalaú - (Foto: Blog do gari Martins)

Mais uma polêmica envolve o canal da Transposição, após a construção de uma passagem molhada entre os municípios de Caraúbas e Camalaú, na Paraíba. A obra foi realizadas pela prefeitura de Caraúbas. Para o vereador de Campina Grande, Márcio Melo, essa passagem molhada está barrando a passagem da água da transposição, por isso Boqueirão não está recebendo água suficiente. O presidente da Aesa, João Fernandes, disse que a obra não impede a passagem da água da Transposição, mas já notificou a prefeitura. 
Segundo Fernandes, sua preocupação não é devido à vazão, é por causa da segurança de barragem, em função das chuvas. 
O vereador Márcio Melo, em entrevista à Rádio Campina FM, criticou a retenção da água da Transposição. "Sou contra quem faça isso, porque com esses barramentos o nível da água começa a ficar baixo e a vazão lenta. Caraúbas fez isso e aí agora outros municípios vão querer fazer. É preciso que se tome providência, eu já entrei com pedido no MPPB para apurar isso", disse o vereador Márcio Melo. 
O presidente da Aesa, João Fernandes, explicou que nessa passagem molhada entre Caraúbas e Camalaú há quatro tubos de um metro de diâmetro, não apresentando dificuldades para a passagem da água da Transposição. Porém, ele manifestou preocupação em caso de chuva forte. 
"O que tem dificuldade de passar é uma chuva boa daquelas que leva a passagem molhada e desmancha tudo que foi feito. Esse é o medo que eu estou tendo, mas os meus fiscais já foram lá, já chamaram o prefeito, está sendo analisado, porque se for preciso desmanchar, nós vamos mandar desmanchar, se for preciso ampliar nós vamos mandar ampliar, porque nós não não podemos barrar um rio, porque o rio quando está de ponta a ponta, ele leva tudo", esclareceu João Fernandes. "Se restar provado que tem algum risco, nós determinaremos o que vai ser feito", completou. 
De acordo com o presidente da Aesa, a vazão das águas da Transposição está reduzida ainda porque está sendo bombeada por apenas uma bomba,na estação elevatória 6, entre Monteiro e Sertânia (PE), porque a outra bomba está em manutenção. "O problema da gente é que reduziu a vazão. Antes chegou até 7,8, agora tá passando 3,57 metros cúbicos por segundo, ou 3,80 metros cúbicos por segundo", disse.   
Foi realizada na última semana na Câmara Municipal de Campina Grande, uma audiência pública em que os vereadores também levantaram a possibilidade de que estejam sendo colocadas bombas no canal da transposição do rio São Francisco, para desviar água. Os vereadores querem providências por parte da Aesa, Cagepa, Dnocs, Ministério Público e Ministério da Integração, para fiscalizar e punir possíveis responsáveis pelos desvios.
ClickPB

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