Fachin separa investigação de Temer e Rocha Loures do inquérito de Aécio Neves
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Fachin foi eleito o novo presidente da Segunda Turma da Corte nesta terça-feira |
O ministro do STF
Edson Fachin, relator da Lava Jato, decidiu dividir a investigação sobre
Michel Temer e Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) do inquérito que também
investiga o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG). A apuração foi
aberta em abril contra Temer, Aécio e Rocha Loures, conjuntamente, a
partir do acordo de delação premiada da JBS, a pedido da
Procuradoria-Geral da República (PGR).
O caso de Aécio vai para
Carmen Lucia, que vai realizar o sorteio do relator deste inquérito.
Andrea Neves, irmã de Aécio, e Frederico Pacheco de Medeiros, primo,
ficarão no mesmo processo. Andrea e "Fred" foram presos em meados de
maio por ordem de Fachin, que negou o pedido de prisão de Aécio, mas o
afastou de suas funções.
Pela Constituição, o presidente da
República só pode ser investigado por atos cometidos durante o exercício
do mandato e com autorização do STF. Temer é acusado de corrupção,
organização criminosa e obstrução de justiça.
As decisões foram motivadas por pedidos de desmembramento dos inquéritos pelos advogados de defesa .
Na sexta-feira (26), a defesa de Michel Temer pediu o desmembramento da
investigação, e também a redistribuição do caso para outro ministro.
Aécio também tinha sustentado que a investigação não deveria permanecer
com Fachin e que a decisão do ministro de afastá-lo do cargo não poderia
ser sido tomada individualmente, mas pela Segunda Turma do STF.
Fachin é eleito presidente da Segunda Turma do STF
O ministro Edson Fachin foi eleito nesta terça-feira (30) o novo
presidente da Segunda Turma da Corte, sucedendo o ministro Gilmar
Mendes, que ficou um ano na função. Ele assume o posto na semana que
vem.
A Segunda Turma é responsável pela análise conjunta das
decisões de Fachin na Lava Jato. Cabe ao presidente marcar a data dos
julgamentos que ocorrem no colegiado.
Além de Fachin, o colegiado é composto pelos ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Celso de Mello.
Jornal do Brasil
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