Rodrigo Janot arquiva apuração de suposta conta bancária do senador Romário
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Senador Romário durante votação do impeachment - Jorge William / Agência O Globo |
O
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, arquivou uma apuração
interna sobre o senador Romário (PSB-RJ) aberta a partir da suspeita de
que teria dinheiro não declarado numa conta bancária na Suíça.
Em
2015, reportagem da revista “Veja” mostrou um extrato bancário que
informava haver valor equivalente a R$ 7,5 milhões numa conta do banco
BSI em nome do senador. Os recursos não foram declarados à Justiça
Eleitoral em 2014, quando o parlamentar foi eleito para o Senado.
Na
época, Romário negou ter feito aplicações recentes naquela época e que
iria consultar o banco para confirmar a titularidade da conta, resgatar o
dinheiro e notificar a Receita Federal.
“Espero
que seja verdade. Como trabalhei em muitos clubes fora do Brasil, é
possível que tenha sobrado algum rendimento que chegou a esta quantia.
Estou me sentindo um ganhador da Mega-Sena, só que do meu próprio
honesto e suado dinheiro”, afirmou o ex-jogador à época.
A PGR não chegou a pedir a abertura de inquérito para investigar formalmente o senador junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Na
apuração interna, consultou o Ministério Público da Suíça, que
verificou que Romário não tinha conta no BSI e que o extrato mostrado
pela revista “Veja” era falso.
“Nesse
sentido, não há elementos concretos de prova a subsidiar a suspeita inicial. O banco BSI, ao declarar a inexistência da conta-corrente
mencionada na reportagem, afasta a veracidade do conteúdo do extrato
bancário publicado, demonstrando que os fatos delituosos imputados ao
congressista são inverídicos”, escreveu Janot.
Em agosto de 2015, após Romário divulgar nota do BSI negando a existência da conta, a revista “Veja” publicou uma retratação.
“Estamos
revisando passo a passo o processo que, sem nenhuma má fé, resultou na
publicação do extrato falso nas páginas da revista, evento singular que
nos entristece e está merecendo toda atenção e cuidado para que nunca
mais se repita”, afirmou em nota a revista.
G1
G1
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