Polícia Federal comprova que mulher de Cabral tinha íntima relação com assessor
Depoimento de gerente financeira de Adriana Ancelmo revela detalhes sobre esquema criminoso de ex-primeira dama
O juiz da 7° Vara Criminal, Marcelo Bretas, foi o responsável que colocou Adriana Ancelmo, mulher do ex-#Governador
do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, na cadeia. Segundo o juiz, o
Ministério Público Federal teria comprovado que Adriana participou
firmemente em esquema de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.
O juiz citou, que semanalmente Adriana
recebia uma quantia que chegava a R$ 300 mil em seu escritório de
advogacia, a Ancelmo Advogados. A gerente da mulher de Cabral, Michelle
Tomaz Pinto, disse que o dinheiro em espécie era entregue para Adriana
em uma mochila. O depoimento da gerente foi importante para o juiz
decidir a prisão.
Durante anos, Michelle trabalhou para Adriana, ela contou para a Polícia Federal
(PF) que a ex-primeira dama do Rio de Janeiro recebia dinheiro vindo de
Luiz Carlos Bezerra, assessor de Cabral que era responsável por pegar
propina para o ex-governador. Segundo Michelle, entre o anos de 2014 e
2015, quase sempre as sextas-feiras, Bezerra entregava valores que
variavam entre R$ 200 mil e R$ 300 mil, quem pegava o dinheiro nas mãos
era Adriana ou seu sócio Thiago Aragão.
A policia comprovou uma íntima relação
entre Adriana e Bezerra, mesmo que ela negue a participação dele com as
contas de sua família. Investigações
apontam que Adriana esteve ao telefone cerca de 98 vezes com Bezerra, e
pessoalmente houve cerca de 19 encontros. A PF avaliou que a quantia
que a família Cabral utilizava em cartão de crédito variava entre R$ 30
mil e R$ 300 mil. Michelle contou que era ela quem ia até a agência do
Banco Itaú, localizada na Avenida Olegário Maciel, na Barra da Tijuca e
realizava o pagamento das contas, ela também disse que fazia depósitos
bancários para membros da família de Cabral.
No despacho, o juiz Bretas escreveu que Adriana tinha total conhecimento da propina
que seu marido recebia e também estava envolvida no repasse de
dinheiro, tudo estava relacionado a uma organização criminosa. Além
disso, há também o envolvimento de jóias que evidenciam que Adriana
participou de todo o esquema criminoso. #SérgioCabral #Corrupção
Jornal do País
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