Renan volta a comandar sessão no Senado um dia após ser mantido no cargo

A
liminar, do ministro Marco Aurélio Mello, foi expedida na noite de
segunda-feira (5). Renan se recusou a assinar a notificação, apesar de o
oficial de Justiça ter passado a manhã seguinte em frente ao gabinete
do senador. Também na terça, a Mesa Diretora do Senado assinou documento
no qual dizia que Renan não se afastaria e aguardaria decisão do
plenário do Supremo. Após o STF tê-lo mantido na função, Renan
classificou a decisão do tribunal de “patriótica”.
A
pauta da sessão do Senado desta quinta possui 17 itens. Entre os
projetos, está o que endurece as punições para autoridades que cometem
abuso. O plenário, contudo, deverá analisar um requerimento de 22
senadores que pede a retirada da urgência dessa proposta, apresentada
por Renan, o que pode fazer com que o texto não seja votado nos próximos
dias.
Alvo
de críticas de representantes do Judiciário e do Ministério Público, a
proposta também foi criticada nos protestos que ocorreram no país no
último fim de semana.
Setores
contrários à medida argumentam que ela representa uma espécie de
retaliação de Renan Calheiros às investigações que envolvem políticos – o
senador responde inquéritos no STF no âmbito da Operação Lava Jato e é
réu em uma ação penal.
Investigado
na Lava Jato, o presidente do Senado defende a proposta e diz que a
legislação sobre o abuso de autoridade precisa ser atualizada para
proteger o cidadão de arbitrariedades.
Debate
Logo
no início da sessão, a senadora Vanessa Grazziotin (PC do B-AM)
apresentou uma solicitação para que não fosse realizada nesta quinta a
primeira sessão de discussão em segundo turno da PEC do teto dos gastos
públicos.
A
parlamentar alegou que, por ser extraordinária, a sessão não poderia
contar prazo para a votação da proposta de emenda constitucional.
Renan
lembrou que houve um acordo de líderes sobre o calendário da PEC, que
prevê a votação do segundo turno da proposta no dia 13 de dezembro. Por
isso, segundo Renan, com base em acordo da maioria dos líderes, o tema
poderia constar da pauta desta quinta.
Antes
do embate sobre a discussão da PEC, Renan já havia chamado a votação de
uma proposta que permite a estados e União a vender a bancos recebíveis
derivados de dívidas de empresas.
G1
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