Itália condena tunisiano acusado por naufrágio que matou quase 700 imigrantes

Só 28 pessoas sobreviveram ao
desastre ocorrido em abril do ano passado, quando o pequeno barco
pesqueiro afundou na costa da Líbia com centenas de pessoas presas no
porão de carga.
Mohammed
Ali Malek, de 28 anos, foi um dos resgatados e negou ser o capitão,
dizendo ter pago pela passagem como todos os outros, mas um tribunal da
cidade italiana de Catânia rejeitou sua defesa.
A corte também
condenou o sírio Mahmud Bikhit, de 26 anos, a cinco anos de prisão por
acusações de tráfico de pessoas. Sobreviventes disseram que Bikhit era
um ajudante de Malek. Ele negou qualquer malfeito.
Os dois também receberam multas de 9 milhões de euros. Seus advogados disseram que irão apelar das sentenças.
“Achamos
que temos alguns argumentos fortes e iremos tentar trabalhar em alguns
dos pontos mais fracos de nossa defesa”, disse Massimo Ferrante, que
representa Malek.
A revolta com o incidente levou a União Europeia
a intensificar sua missão de busca e resgate no mar Mediterrâneo dias
após o naufrágio.
Nos últimos três anos, cerca de meio milhão de
barcos de imigrantes chegaram às praias da Itália, e quase 12 mil
pessoas morreram no Mediterrâneo tentando chegar à Europa, de acordo com
a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
No início
deste ano, uma embarcação deste tipo afundou na rota mediterrânea,
matando cerca de 500 pessoas, e os sobreviventes foram levados à Grécia.
Uma investigação da Reuters descobriu que nenhum organismo oficial,
nacional ou multinacional, fez acusações pelas mortes, nem sequer abriu
um inquérito.
Extra
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