Justiça suspende pela segunda vez direitos políticos de Lindbergh Farias
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Plenário do Senado durante sessão não deliberativa. Em discurso, senador Lindbergh Farias (PT-RJ) - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado |
Pela
segunda vez em uma semana, sentença da Justiça do Rio suspendeu os
direitos políticos do senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Ele foi
condenado nesta segunda-feira (19) por nomear 11 pessoas na Prefeitura
de Nova Iguaçu que prestavam serviços a um vereador aliado.
O juiz
Gustavo Quintanilha Telles de Menezes suspendeu os direitos políticos
do senador por cinco anos. Aplicou também multa de R$ 640 mil pelos atos
considerados como improbidade administrativa. Os bens do senador foram
bloqueados.
O petista comandou a prefeitura da cidade da Baixada
Fluminense entre 2005 e 2010, quando deixou o cargo para disputar a vaga
no Senado.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Rio,
Lindbergh nomeou na estrutura da prefeitura 11 parentes e
correligionários do vereador José Agostinho (DEM) em seu primeiro
mandato. Eles, contudo, prestavam serviço num centro social do aliado do
então prefeito.
Menezes afirmou em sua sentença que Lindbergh fez
a nomeação “com exclusivo propósito de servir aos interesses políticos e
privados do mesmo [José Agostinho], fornecendo-lhe mão de obra gratuita
(custeadas com recursos públicos) para que este prosseguisse
desenvolvendo seus projetos sociais em centro social construído pelo
próprio, com única intenção de captar eleitores do reduto eleitoral do
parlamentar”.
De acordo com o magistrados, todos os onze
funcionários da prefeitura foram exonerados em 2008, “logo após derrota
do vereador no pleito eleitoral”.
A assessoria do petista ainda
não se manifestou sobre a condenação. No processo, a defesa de Lindbergh
negou que a nomeação tenha atendido à aliança política. Afirmou que “a
função desempenhada por esses servidores, por sua própria natureza,
exigia a aproximação com a comunidade local , já que a finalidade do
trabalho consistia na interação com a população carente”.
“Houve a
efetiva prestação do serviço público ao município de Nova Iguaçu, já
que o servidores trabalhavam no centro social com a valorosa atribuição e
dialogar com a comunidade carente, colhendo informações para o
aprimoramento da qualidade de vida, infraestrutura, educação, saúde e
transporte público, aqueles que mais necessitam da intervenção direta da
administração municipal”, disse a defesa no processo.
É a segunda
derrota do petista em menos de uma semana na Justiça do Rio. O mesmo
magistrado já havia imposto a pena de suspensão de quatro anos dos
direitos políticos do senador por ter permitido o uso promocional de sua
imagem em caixas de leite distribuídas pela prefeitura.
O senador
afirmou em nota que este caso já havia sido arquivado pelo STF (Supremo
Tribunal Federal). “Estamos recorrendo dessa decisão para que a justiça
seja feita e a verdade restabelecida”, disse.
Folha
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