Turquia promete neste domingo vingança após ataque que deixou 38 mortos
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Policiais trabalham perto do estádio do clube de futebol Besiktas após a explosão de um carro-bomba em Istambul - (Foto: Ozan Kose/AFP) |
A
Turquia prometeu neste domingo (11) vingança contra militantes curdos
que, segundo o país, provavelmente estão por trás de dois bombardeios
que mataram 38 pessoas e feriram 155, no que parecia ser um ataque
coordenado contra a polícia do lado de fora de um estádio de futebol em
Istambul.
As
explosões na noite de sábado (10) – um carro-bomba perto da Arena
Vodafone, da equipe de futebol Besiktas de Istambul, seguido de um
atentado suicida em um parque adjacente menos de um minuto depois –
sacudiram uma nação ainda tentando se recuperar de uma série de
bombardeios mortais este ano em cidades incluindo Istambul e Ancara, a
capital.
As
bombas atingiram policiais, matando 27, disse o ministro do Interior da
Turquia, Suleyman Soylu. O número de mortos civis foi menor porque os
fãs já tinham deixado o recém-construído Estádio Vodafone Arena após o
jogo de futebol, quando as explosões ocorreram.
O
ministro do Interior, Suleyman Soylu, e outras autoridades disseram que
os primeiros indícios apontam para o Partido dos Trabalhadores do
Curdistão (PKK), que realizam uma insurgência de três décadas,
principalmente no sudeste turco em grande parte curdo. Treze pessoas
foram detidas.
“Mais
cedo ou mais tarde, teremos nossa vingança, este sangue não será
deixado no chão, não importa o preço”, disse Soylu em discurso num
funeral na polícia de Istambul para cinco dos oficiais mortos. O
presidente Tayyip Erdogan esteve presente, mas não falou.
Soylu
também alertou àqueles que oferecem apoio aos agressores nas mídias
sociais ou em outros lugares, comentários dirigidos a políticos
pró-curdos, que o governo acusa de ter ligações com o PKK, designado
como organização terrorista por Estados Unidos, Europa e Turquia.
“Para aqueles que tentam defender os perpetradores…Não há desculpa para isso”, afirmou.
Nos
últimos meses, milhares de políticos curdos foram detidos, incluindo
dezenas de prefeitos e os líderes do Partido Popular Democrático, o
segundo maior partido de oposição no Parlamento, acusados de ligações
com o PKK.
Série de ataques
Este
ano, Istambul sofreu uma série de ataques atribuídos por autoridades ao
grupo do Estado Islâmico ou reivindicados por militantes curdos. Um
estado de emergência está em vigor após uma tentativa fracassada de
golpe de estado em 15 de Julho deste ano.
A
Turquia é parceira da coalizão liderada pelos EUA contra o Estado
Islâmico e suas forças armadas atuam na vizinha Síria e no Iraque.
Também enfrenta um conflito renovado com um movimento curdo proibido no
sudeste.
Ned Price, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, disse que Washington condena o ataque.
G1
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