Mais do que Odebrecht, Palácio do Planalto teme delação de Eduardo Cunha
Publicado por: Amara Alcântara![]() |
Ilustração: Kleber Sales/Estadão |
Integrantes do governo Temer dizem ter informações de que o pior das
delações já passou. Mas quem acompanha a Lava Jato de perto afirma que
as colaborações de Marcelo Odebrecht e de seu pai, Emílio, ainda poderão
render dores de cabeça ao presidente da República. Nos bastidores, no
entanto, o que a cúpula do Planalto mais teme não são os depoimentos de
ex-executivos da empreiteira, e sim a convicção de que Eduardo Cunha não
ficará em silêncio por muito tempo.
A informação é de
Natuza Nery, na coluna da Folha de S.Paulo deste domingo. E detalha mais
a colunista: “Cunha esperava que seus companheiros o ajudassem a
tirá-lo da prisão rapidamente. Há dois meses trancado, dizem que sua
paciência está rareando. Há convicção no Planalto de que o ex-deputado
falará de qualquer forma, mesmo que a Lava Jato não aceite firmar com
ele eventual acordo de delação. No roteiro de seu depoimento, Marcelo
Odebrecht chegou a mencionar sugestão de Cunha para contratar a Kroll.
A empresa de
investigação corporativa poderia monitorar os passos da operação. O
empresário jurou não ter acatado a ideia. Ninguém acredita que a
Odebrecht tenha comprado sozinha uma série de medidas provisórias que
beneficiavam vários setores econômicos. Nos anexos, Cláudio Melo Filho
cita uma empresa e duas associações interessadas em alterar leis.”
Fonte: Folha
Fonte: Folha
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