Comissão de Constituição e Justiça aprova PEC 10/2013 que propõe fim do foro privilegiado

A postura do senador José Maranhão no
comando da votação desta quarta na CCJ foi elogiada no plenário. O
senador Reguffe (s/Partido-DF) parabenizou a Comissão pela decisão, que
descreveu como “uma luta de muitas pessoas neste País, para que tenhamos
tratamento igual perante a Justiça, independente da função que se
ocupa”. O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB/ SP) elogiou a “maneira
sensata, competente, democrática com que Maranhão conduz a CCJ”.
O
senador Álvaro Dias (PV/PR) autor da proposta, enalteceu a CCJ e “a
inteligência e a competência dos senadores nesta manifestação de vontade
política de mudança real, sintonizados com a aspiração do povo
brasileiro, que deseja uma nova Justiça, um novo País sem
privilegiados”. Álvaro Dias ressaltou que não se justifica a existência
de regras que estabelecem foro privilegiado no caso de crime comum
cometido por autoridade.
O relator, senador Randolfe Rodrigues
(Rede/AP), afirmou que “muitas pessoas buscam o mandato eletivo
justamente para fugir das instâncias ordinárias da Justiça”. Segundo
ele, o foro especial é visto pela população como “verdadeiro privilégio
odioso”, utilizado para a proteção da classe política. Estima-se em 22
mil o número de autoridades que possuem algum privilégio de foro pela
função que ocupam no país.
A Proposta de Emenda à Constituição
mantém o foro por prerrogativa de função nos crimes cometidos em
decorrência do exercício do cargo público. Portanto, deputados e
senadores continuarão invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de
suas opiniões, palavras e votos.
Por se tratar de uma Proposta de
Emenda Constitucional, o texto segue para votação em dois turnos no
Plenário do Senado. Se aprovado, seguirá para a Câmara dos Deputados.
MaisPB
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