Comissão de Constituição e Justiça aprova PEC 10/2013 que propõe fim do foro privilegiado
Sob
 a presidência do senador José Maranhão, a Comissão de Constituição, 
Justiça e Cidadania aprovou nesta quarta-feira (30) o fim do foro 
privilegiado.  A PEC 10/2013 se aplica a todas as autoridades, inclusive
 ao presidente da República, nas infrações penais comuns. Hoje, os 
membros do Congresso Nacional e outras autoridades com foro privilegiado
 são julgados pelo Supremo Tribunal Federal e só podem ser presos após 
condenação definitiva.
A postura do senador José Maranhão no 
comando da votação desta quarta na CCJ foi elogiada no plenário. O 
senador Reguffe (s/Partido-DF) parabenizou a Comissão pela decisão, que 
descreveu como “uma luta de muitas pessoas neste País, para que tenhamos
 tratamento igual perante a Justiça, independente da função que se 
ocupa”. O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB/ SP) elogiou a “maneira 
sensata, competente, democrática com que Maranhão conduz a CCJ”.
O
 senador Álvaro Dias (PV/PR) autor da proposta, enalteceu a CCJ e “a 
inteligência e a competência dos senadores nesta manifestação de vontade
 política de mudança real, sintonizados com a aspiração do povo 
brasileiro, que deseja uma nova Justiça, um novo País sem 
privilegiados”. Álvaro Dias ressaltou que não se justifica a existência 
de regras que estabelecem foro privilegiado no caso de crime comum 
cometido por autoridade.
O relator, senador Randolfe Rodrigues 
(Rede/AP), afirmou que “muitas pessoas buscam o mandato eletivo 
justamente para fugir das instâncias ordinárias da Justiça”. Segundo 
ele, o foro especial é visto pela população como “verdadeiro privilégio 
odioso”, utilizado para a proteção da classe política.  Estima-se em 22 
mil o número de autoridades que possuem algum privilégio de foro pela 
função que ocupam no país.
A Proposta de Emenda à Constituição 
mantém o foro por prerrogativa de função nos crimes cometidos em 
decorrência do exercício do cargo público. Portanto, deputados e 
senadores continuarão invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de 
suas opiniões, palavras e votos.
Por se tratar de uma Proposta de 
Emenda Constitucional, o texto segue para votação em dois turnos no 
Plenário do Senado. Se aprovado, seguirá para a Câmara dos Deputados.
MaisPB
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