Surto de doença ainda não identificada deixa Nordeste em alerta; setor da saúde está em alerta
Uma doença ainda não identificada está deixando em alerta o setor de
saúde da Bahia. Nos últimos dias, 11 pessoas em Salvador e no litoral
norte do Estado apresentaram fortes dores musculares e eliminaram urina
preta. Especialistas desconfiam que o consumo de um peixe do litoral
baiano esteja relacionado ao surto.
Segundo o médico infectologista Antônio Bandeira, que atendeu alguns
desses pacientes, um deles teve o quadro agravado por uma insuficiência
renal, mas todos já foram liberados. Inicialmente, a expectativa era de
que o vírus fosse transmitido por via oral, tendo em vista a ocorrência
de casos entre pessoas de uma mesma família.
A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), embora ainda não fale sobre o
assunto, divulgou um alerta às unidades de saúde explicando sobre o
registro dos casos atendidos e internados em Salvador, entre os dias 2 e
10 de dezembro, apresentando quadro clínico caracterizado por início
súbito de fortes dores em região cervical, região do trapézio, seguido
por dores musculares intensas nos braços, dorso, coxas e panturrilhas,
sugerindo que a transmissão poderia ocorrer por meio de contato ou
gotículas.
A partir do surgimento de outros casos, os especialistas passaram a
desconfiar que o problema esteja relacionado ao consumo de um
determinado peixe do litoral da Bahia conhecido como olho de boi ou
arabaiana.
Segundo Bandeira, um ponto comum entre os pacientes foi o consumo da
carne do peixe, em localidades diferentes. De acordo com o
infectologista, foram coletadas amostras dos pacientes para identificar
possíveis vírus ou agentes transmissores.
O professor e pesquisador da Universidade Federal da Bahia (UFBA)
Gúbio Soares está analisando algumas amostras de material colhido, mas o
resultado somente deverá ser conhecido dentro de 15 dias. Um alerta
sobre os principais sintomas do problema já tomou conta das redes
sociais e tem sido compartilhado por meio do aplicativo WhatsApp.
“Ainda não há certeza sobre as causas da doença, estamos trabalhando
com as duas hipóteses, mas a orientação é de que, ao perceber os
sintomas, os pacientes se hidratem bastantes, e evitem a automedicação”,
orientou Bandeira. “A indicação é procurar imediatamente um médico para
que os sintomas não evoluam”, completou.
Fonte: NOTÍCIAS AO MINUTO
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