quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Dando uma volta ao passado!

PARECE ATÉ QUE 1976 FOI ONTEM, PORÉM QUARENTA ANOS JÁ SE PASSARAM!

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Idos de 70: eu (com um cigarro nos dedos mesmo sem ser fumante), Luiz Galdino, Manoel, Zé Dez e Adrino
O ano de 1976 não foi ontem e faz neste 2016, portanto, 40 anos! Exatamente o tempo em que a vida deu uma verdadeira reviravolta em mim. 
Com a determinação de estudar e também trabalhar, embora ainda fosse de menor idade, eu havia saído de casa com destino a Recife, aos 14 anos, no longínquo ano de 1972, onde lá já se encontravam o meu irmão mais velho, Manoel, além dos amigos e conterrâneos Paulo Marques, Luiz Galdino, Adrino, Zé Dez, Zé Pereira e os irmãos Alcides e o saudoso Rui Tôrres, todos de origem pobre assim como eu, mas esperançosos para vencer e ser bem sucedidos na vida. 
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Em Recife, deslumbrados com o banho de mar na praia de Boa Viagem: Luiz Galdino, Alcides e eu   
Não fomos, no entanto, os pioneiros de Juru na 'Veneza Brasileira', uma vez que, bem antes da gente, lá já haviam chegado Sebastião Ramos e os saudosos Dorgival, Pitéu e Nana, o irmão mais velho de Paulo Marques, um juruense muito inteligente e politicamente bem articulado no meio estudantil, tido pelos militares como subversivo, e que, por imposição da Revolução de 1964, teve que optar em ir embora para São Paulo ou ser ser expulso do país.   

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Calça boca-de-sino, cinto largo e sapato cavalo de aço, era moda de galã dos anos 70: com a então namorada Zezé e, sentado, o robusto Antônio Silvério
Apesar da felicidade que desfrutávamos em plena flor da nossa juventude - época da calça boca-de-sino, camisa de renda, bolsa à tiracolo, tamanco ou sapato cavalo de aço, cinto largo e medalhão -, os tempos não foram fáceis para os estudantes de poucas condições financeiras como nós. Havíamos, pois, deixado o aconchego e a comodidade dos nossos lares, onde havia mesa farta e um considerável conforto, para 'pegar a sopa' da Casa do Estudante de Pernambuco, ali nas proximidades da Praça do Derby, e ainda ter que enfrentar a sede vampiresca dos percevejos por onde passamos as nossas noites mais mal dormidas, em um superlotado e desconfortável quarto de poucos metros quadrados da Pensão 'Capunga', de propriedade de uma velha senhora de nome Margarida, localizada nas proximidades dos Quatro Cantos.
Pois bem, retornando ao ano de 1976, precisamente ao mês de junho, tive que regressar à minha cidade natal, Juru, trazido pela indomável paixão de um dos amores primeiros da minha vida. Fui, portanto, personagem principal de um inesperado e não planejado enredo que começou errado e, após quase vinte anos de uma conturbada convivência 'entre tapas e beijos', terminou não dando certo. 
Ao sair de Recife, eu havia deixado para traz o emprego no Departamento de Obras e Serviços Públicos - DOSP, órgão estadual localizado na Av. Cruz Cabugá, além de deixar um curso profissionalizante na Escola Técnica Prof. Agamenon Magalhães, no bairro de Santo Amaro, quando já havia sido selecionado para estagiar em uma indústria multinacional em São Paulo.  
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Discursando, em 1988, na posse do primeiro mandato de vereador, observado pelos ex-prefeitos Buéga, Miguel Ramos e Dalmo Teixeira 
Já residindo novamente em Juru, aqui instalei um bar para assegurar uma sobrevivência mais tranquila e poder sustentar uma família. Também investi no roçado fazendo plantios de feijão e de cenoura e, durante a impiedosa seca daquela época, trabalhei como apontador na Frente de Emergência do Governo Federal, no trecho compreendido entre Juru e Tavares. 
No IBGE, exerci a função de recenseador, na realização dos Censos Demográfico e Geral, e fui aluno do Curso de Sargento da Polícia Militar do Estado da Paraíba, de cuja turma a maior parte dos meus colegas hoje tem patente de coronelato. 
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Entrevistado pela TV Record, em sessão solene, como presidente da Câmara Municipal de Juru
Tendo ingressado na política em 1988 como vereador, após o falecimento precoce do meu pai, ex-vereador e ex-vice-prefeito Antônio Luiz Leite, de saudosa memória, fui reeleito em 1992 e 1996. Na Câmara Municipal de Juru exerci o cargo de presidente da Mesa Diretora e, na condição de vereador constituinte, fui Relator do Regimento Interno daquela Casa Legislativa. 
No ano de 2000, em um pleito bastante acirrado, fui eleito vice-prefeito, tendo assumido em janeiro de 2004 à chefia do poder executivo juruense, após o falecimento do titular do cargo, em cuja função permaneci até 31 de dezembro do mesmo ano. 
Pós-graduado em Letras e tendo cursado Jornalismo e Direito, incompletos, atualmente estou aposentado do cargo de professor, com lotação na Secretaria Estadual de Educação, onde disponho de duas matrículas. E, recentemente safenado,  agora procuro ocupar o precioso tempo que ainda me resta levando informações, diariamente, aos fieis leitores do blog Juru em Destaque, site que já conta com quase 7 milhões de visualizações em pouco mais de três anos de criação.
Hoje, já um idoso sessentão recluso em seu 'castelo', sigo em frente caducando com os meus quatro netos queridos e com Davi Luiz, o meu mais novo herdeiro, sem medo algum de ser feliz!
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Eu e o meu mais novo herdeiro, Davi Luiz, aqui com apenas seis meses de idade, já mostrando ser tão esperto quanto o pai

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