Irmão é acusado de matar estrela erótica da internet paquistanesa e governo muda lei

“Um
tribunal acusou segunda-feira três pessoas do assassinato de Baloch:
seu irmão Muhammad Wasim e dois cúmplices, Haq Nawaz e Abdul Basit”,
disse Salahuddin à Agência Efe, acrescentando que o julgamento começará
nesta quinta-feira.
Muhammad
foi detido em 17 de julho, um dia depois de a jovem, de 25 anos, ter
sido estrangulada na casa dos pais. Em entrevista coletiva após a
prisão, ele afirmou que não se arrependia de ter matado a irmã, já que
ela tinha manchado a honra da família.
A
jovem ganhou fama postando vídeos dançando e cantando com roupas
provocantes no Facebook. Ela tinha mais de 700 mil seguidores.
Para
os segmentos mais liberais da sociedade, Qandeel era uma inspiração por
suas abordagens desinibidas, enquanto outros setores mais conservadores
a criticavam por isso.
Os chamados “crimes de honra” são muito frequentes no sul da Ásia e costumam envolver familiares.
De
acordo com a ONG Comissão de Direitos Humanos do Paquistão (HRCP), em
2015 foram cometidos quase 1.000 “crimes de honra” no país, mas esses
números escondem uma realidade muito pior que fica de fora dos registros
por falta de denúncias.
Em
outubro deste ano, o governo paquistanês aprovou uma lei que proíbe o
perdão dos familiares das vítimas neste tipo de crime, uma brecha legal
que deixava muitos homens impunes após matar uma mulher, em geral irmã
ou esposa. A lei estabeleceu ainda uma pena obrigatória de 25 anos de
prisão para aqueles que cometam estes crimes e a criação de vias rápidas
nos tribunais.
G1
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