Boletim: Estado da Paraíba registra 28 mortes por chikungunya e 7 por dengue
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Mosquito Aedes aegypti |
A
Secretaria de Estado da Saúde, por meio da Gerência Executiva de
Vigilância em Saúde, divulgou, nesta segunda-feira (12), o boletim da
dengue, zika e chikungunya, da 47ª Semana Epidemiológica, referente ao
período de 1º de janeiro a 24 de Novembro de 2016. Foram notificados
44.014 casos de dengue na Paraíba, um aumento de 66,40% em relação ao
mesmo período de 2015, quando foram registrados 26.450 casos. Foram
notificados ainda 20.501 casos de Chikungunya e 4.722 casos com suspeita
de Zika Vírus.
“A sinalização de casos suspeitos é uma forma de
manter os profissionais de saúde em alerta para o agravo, contribuindo
para o desencadear das ações de assistência à saúde, vigilância
epidemiológica e ambiental, que são imprescindíveis para o controle da
doença no território”, disse a gerente executiva de Vigilância em Saúde
da SES, Renata Nóbrega.
De acordo com o boletim, até a 47ª SE
foram registrados 108 óbitos suspeitos por arboviroses (doenças causadas
pelos chamados arbovírus, que incluem o vírus da dengue, Zika vírus,
febre chikungunya), sendo 28 confirmados por Chikungunya e sete por
dengue.
De acordo com Renata Nóbrega, para esclarecimento da causa
morte e identificação do perfil dos óbitos, é necessário realizar as
investigações no âmbito ambulatorial, domiciliar e hospitalar,
utilizando o Protocolo de Investigação de Óbitos por Arbovírus Urbanos
no Brasil (Dengue, Chikungunya e Zika), instituído pelo Ministério da
Saúde no dia 13 de junho de 2016. “Portanto, a responsabilidade pela
investigação é dos municípios, cabendo às Gerências Regionais de Saúde e
ao Núcleo das Doenças Transmissíveis Agudas – SES/PB o apoio e
acompanhamento junto aos municípios”, explicou.
“Diante da
situação de óbitos, a Secretaria de Saúde do Estado recomenda a todas as
Secretarias de Municipais de Saúde intensificar as orientações sobre
sinais e sintomas de dengue, chikungunya e zika e, em caso de
adoecimento, o usuário deverá procurar, imediatamente, a Estratégia de
Saúde da Família – ESF ou serviço de saúde mais próximo. Destacamos que a
estratégia mais efetiva para evitar os óbitos é a detecção precoce dos
casos suspeitos combinado com o manejo clínico adequado do paciente, de
acordo com o agravo”, falou.
Monitoramento de gestantes – A
SES, por meio do Núcleo de Doenças Transmissíveis Agudas (NDTA), a
partir da publicação da Portaria Nº 204, em 17 de Fevereiro de 2016, que
instituiu a notificação de todo caso suspeito de zika, realiza o
monitoramento dos casos notificados de gestante suspeitos de Doença
Aguda pelo Zika Vírus. Até o momento, de 3 de Janeiro a 5 de novembro de
2016, foram notificados 242 casos em gestantes.
Situação da Vigilância Ambiental – No
período de 24 a 28 de outubro de 2016, foi realizado o 3º levantamento
de índices, para avaliar a infestação predial pelo Aedes aegypti, por
meio do LIRAa (Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti) e LIA
(Levantamento de Índice Amostral do Aedes aegypti ), este último, para
municípios que possuem até 1.999 imóveis, conforme preconizado pelo
Ministério da Saúde, desde 2003.
Dos 223 municípios paraibanos,
218realizaram os levantamentos. De acordo com esses dados, 28
municípios, atualmente, estão em situação de risco para ocorrência de
surto; 123 em situação de alerta e 67 em situação satisfatória. Cinco
municípios não informaram o seu levantamento.
Ao término de cada
levantamento de índices, a análise desses dados e a sua discussão com o
grupo técnico envolvido, deve se iniciar imediatamente, pois existe um
indicador entomológico que fornece informações valiosas para o
direcionamento das atividades de controle do vetor da dengue, que se
constitui nos recipientes existentes, isto é, aqueles com condições de
acumular água e aqueles com larvas de Aedes aegypti.
Os
recipientes mais frequentemente encontrados são vasos e pratos de
plantas, inservíveis como latas, potes e frascos, garrafas e aqueles não
removíveis como piscinas, bebedouros de animais, lonas e outros de
utilidade para o morador. Pneus e caixas d’água apresentaram maiores
percentuais de positividade para Aedes aegypti em relação aos outros
tipos. É fundamental a divulgação e produção de informes técnicos desses
resultados do LIRAa e LIA, na mídia local.
Secom-PB
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