Deputado Pedro Cunha Lima quer mudar gastos para saúde e educação
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| Deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB-PB) |
“O
remanejamento do gasto público é urgente, necessário e essencial. É
preciso tirar da publicidade e colocar na educação; é preciso tirar da
mordomia política e colocar na saúde. Um país que tem 70% de suas
crianças sem acesso à creche não pode gastar o que gasta com a máquina
pública, com seu aparato estatal”. A declaração foi do deputado federal
Pedro Cunha Lima (PSDB), durante debate sobre a Proposta de Emenda
Constitucional (PEC-241), realizado na última sexta-feira (11) no
auditório Instituto de Educação Superior da Paraíba (Iesp), em João
Pessoa.
Além de Pedro, que se posiciona a favor da propositura e
da deputada Estadual Estela Bezerra (PSB), que tem opinião contrária, o
debate contou com as participações do professor da Universidade Federal
do Rio Grande do Norte (UFRN) Ricardo Duarte e do professor de mestrando
em educação Gilbert Patsayev.
Durante debate, o parlamentar
destacou que o País atravessa um momento de polarização e que não será
possível superar os desafios com divisão. “Nosso País vive uma divisão
tremenda, em que todo debate é levado a uma série de adjetivos, ou você é
petralha ou você é coxinha. Nós estamos tratando de economia e questões
econômicas não se resolvem com ideologia. Aqui é uma situação de
números que precisa ser bem avaliada”, disse.
Ele afirmou que a
proposta não faz outra coisa além de por um limite, um freio com
argumento e justificativa que Brasil não consegue mais se endividar. “A
nossa dívida bruta está em 70% do nosso PIB, nenhum país emergente
consegue sobreviver com essa dívida maior que 60%. Isso é criminoso com o
nosso País e com as futuras gerações. A gente paga juros muito altos e o
dinheiro que se gasta em juros é o dinheiro que se deixa de gastas com
educação”, argumentou.
Segundo Pedro, esse desarranjo já leva a
mais de 12 milhões de desempregados e o conceito da PEC trata de por um
limite nas despesas primárias, não limitar os gastos em saúde, educação,
cultura ou outros setores.
Educação – Sobre as
críticas que a proposta tirará recursos da educação, Pedro afirma que a
PEC tira dinheiro do que é gasto e educação é investimento. “Portanto
trago aqui para o conhecimento de todos, e que é pouco conhecido pela
sociedade, é que a proposta limita apenas 30% do que o Governo Federal
gasta com educação, 70% do dinheiro gasto com educação está fora do
universo da PEC. O FIES, pode crescer sem limites, aquilo que se gasta
com o ProUni está fora e os repasses do Fundeb também, porque tudo isso
não são despesas primárias. O aumento de professores da educação básica,
não tem nada a ver com o proposto na emenda. Portando se alguém fala
que a PEC limita em educação, desconfie”, alertou.
Outro lado –
Para a deputada Estela, é sempre válido ocupar os espaços para discutir
sobre as pautas de interesse coletivo, e a PEC 241 atinge diretamente a
população brasileira, principalmente a parcela que depende
exclusivamente dos serviços públicos. “Esse corte é a justificativa para
garantir o pagamento de uma dívida pública que sequer foi auditada e
possui graves denúncias de corrupção, ilegalidade e ilegitimidade”,
afirmou a deputada.
MaisPB

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