Ministério Público Federal denuncia quatro ex-deputados da Paraíba por farra das passagens aéreas
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| Ex deputados Armando Abílio e Carlos Dunga estão na lista |
Mais
de sete anos após ser revelado que parlamentares utilizavam
indevidamente a cota de passagens aéreas da Câmara e do Senado para fins
particulares, a Procuradoria da República na 1ª Região denunciou, na
última sexta-feira (28), 443 ex-deputados por uso indevido de dinheiro
público.
O crime atribuído a eles é de peculato, cuja pena varia
de dois a 12 anos de prisão em caso de condenação. O caso ficou
conhecido, em 2009, como a farra das passagens.
Entre os
ex-parlamentares denunciados alguns são paraibanos: Armando Abílio
Vieira, Carlos Marques Dunga, Wilson Leite Braga e Walter Correia de
Brito Neto.
Na lista consta também representantes dos principais
partidos políticos do país e figuras de expressão nacional, como o atual
secretário do Programa de Parcerias de Investimentos do governo Michel
Temer, Moreira Franco, o prefeito reeleito de Salvador, ACM Neto (DEM), o
ex-ministro Ciro Gomes, pré-candidato do PDT à Presidência da
República.
Os ex-deputados Antonio Palocci (PT) e Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), presos em razão das investigações da Operação Lava Jato,
também são alvos da Procuradoria. ACM Neto disse, por meio de sua
assessoria, que não utilizou a verba indevidamente.
Na
lista dos denunciados não há qualquer parlamentar no exercício do
mandato ou ministro de Estado. Também não consta o nome do presidente
Michel Temer (PMDB), que cedeu sua cota de passagens à época para viagem
de turismo de familiares à Bahia.
Nas mãos do TRF 1
As
acusações contra os ex-parlamentares estão distribuídas em 52 denúncias
assinadas pelo procurador Elton Ghersel. Caberá ao relator, o
desembargador Olindo Menezes, preparar um voto recebendo ou rejeitando o
pedido do Ministério Público. O voto dele será levado para julgamento
na 2ª Seção do TRF 1. Caso a denúncia seja aceita, os ex-deputados viram
réus e passam a responder a ações penais. Nessa etapa, eles serão
chamados a dar explicações e se defender das acusações. Só, então, os
políticos poderão ser julgados.
MaisPB

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