Agevisa alerta sobre riscos de usar latinhas de bebidas não higienizadas
A
Agência Estadual de Vigilância Sanitária da Paraíba (Agevisa/PB) alerta
a população sobre os perigos causados pelo hábito de consumir bebidas
em latas sem o cuidado de lavar os recipientes antes de utilizá-los. De
acordo com a diretora-geral da Agevisa/PB, Glaciane Mendes, sendo a boca
uma das partes mais sensíveis do corpo humano, o ato de tomar bebidas
diretamente nas latinhas ou em garrafas sem que as mesmas tenham sido
devidamente higienizadas pode provocar sérios problemas de saúde nas
pessoas, com destaque para a leptospirose.
Glaciane ressaltou que a leptospirose é uma doença infecciosa febril, aguda, potencialmente grave, causada pela bactéria Leptospira interrogans,
que é eliminada pela urina de ratos e outros animais, contaminando os
esgotos, o solo, os alimentos e até mesmo as latas e outros recipientes
de bebidas e alimentos comercializados em forma de conserva.
Ela
informou que há várias maneiras de ser contaminado pela doença,
principalmente através da pele e mucosas (boca, olhos, partes genitais)
em contato com águas de esgotos, de enchentes, córregos ou lagoas
poluídas, e também por meio do contato com latinhas de refrigerantes ou
cerveja, geralmente armazenadas em depósitos sem controle de pragas e
roedores, onde há presença de ratos, que são os principais transmissores
da doença.
Para evitar esse tipo de contaminação, ela reforça que
é importante lavar as latinhas com água e sabão e, se possível,
limpá-las em seguida com álcool, e observou que, além das latinhas, os
cuidados devem incluir também as caixinhas e outras embalagens de
alimentos como leite condensado, creme de leite, doces etc. “Mesmo em
casa, é preciso ter o cuidado de guardar alimentos em lugar limpo, livre
de roedores, para evitar que o animal deposite neles sua urina e, por
consequência, contamine seres humanos”, lembrou a diretora da
Agevisa/PB.
Os primeiros sintomas da leptospirose são parecidos
com os sintomas da dengue, febre amarela e malária, podendo a pessoa ser
acometida de febre alta de início súbito, sensação de mal-estar, dor de
cabeça constante e acentuada, dor muscular intensa, cansaço e
calafrios. Dores abdominais, náuseas, vômitos e diarreia também são
frequentes, podendo levar à desidratação.
“É comum também que os
olhos fiquem muito avermelhados, podendo alguns doentes apresentar tosse
e faringite. Após dois ou três dias de aparente melhora, os sintomas
podem ressurgir, ainda que com menos intensidade. Nesta fase, é comum o
aparecimento de manchas vermelhas no corpo”, explicou Glaciane Mendes. E
acrescentou: “Na maioria dos casos, as vítimas melhoram no período de
quatro a sete dias; mas para muitas pessoas a doença pode ser muito
grave. Daí a importância dos cuidados especiais com a higienização dos
recipientes, que, antes de ser uma atitude preventiva, deve ser um
hábito”.
Glaciane Mendes lembrou ainda que não é só a bactéria Leptospira
que ameaça a saúde das pessoas, pois há muitas outras bactérias
presentes na poeira e na sujeira que se acumulam nos depósitos dos
estabelecimentos comerciais, dos restaurantes e até mesmo das
residências.
MaisPB

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