Presidente Michel Temer sobre conversas gravadas por Calero: "Indigno"
Temer ainda reiterou que estava apenas resolvendo conflito administrativo

Horas antes do Fantástico exibir a entrevista em que Marcelo Calero dá
detalhes de como foi pressionado pelo presidente da República a
interferir na liberação da obra que beneficia o ex-ministro Geddel
Vieira Lima (leia aqui), Michel Temer atacou o ex-auxiliar.
Em entrevista coletiva nesta tarde, ao lado dos presidentes da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB), Michel Temer
classificou como "gravíssimo" e "indigno" um ministro gravar uma
conversa com o presidente da República. "Espero que essas gravações
venham a público", disse o presidente, que afirmou que é muito cuidadoso
com o que fala e que a atitude de Calero foi de uma "indignidade
absoluta".
Temer disse que cogita fazer gravações oficiais das audiências na
Presidência da República. "Estou pensando em pedir ao Gabinete de
Segurança Institucional que grave – aí publicamente –, que grave todas
as audiências do presidente da República", declarou.
Sobre o substituto de Geddel, o presidente afirmou que está "examinando
com muito cuidado" o perfil do novo ocupante da Secretaria de Governo, e
que, agora, é preciso alguém com "lisura absoluta" e com facilidade
para conversar com os integrantes do Congresso.
O presidente disse que "não estava patrocinando nenhum interesse
privado" ao "arbitrar" a divergência entre Marcelo Calero e Geddel
Vieira Lima e ter sugerido ao então ministro da Cultura encaminhar o
caso para a Advocacia Geral da União (AGU). "Você verifica que eu estava
administrando conflitos de natureza pública. Quando ele [Calero] falou
que não queria despachar, falei para mandar para a AGU", disse.
Brasil 247
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