Simone e Simaria revelam busca por corpo de pai, enterrado como indigente
Simone e Simaria revelam busca por corpo de pai, enterrado como indigente
Simone
e Simaria tocaram em um assunto extremamente pessoal durante um
bate-papo no programa De Cara, da rádio O Dia, nesta quarta-feira (2).
Em
certo ponto da entrevista, as irmãs relembraram a morte do pai, que foi
enterrado como indigente há mais de 20 anos, quando moravam em um
garimpo mato-grossense.
“A
gente não tinha dinheiro, não tinha nada. A gente morava numa casa de
tábua, no meio do garimpo, que é onde você vai pra pegar diamante, pra
ver se acerta na vida, e o garimpo era o Garimpo do Arroz. Um lugar
muito perigoso. Todos os dias a gente via pessoas mortas na porta de
nossa casa, assassinadas mesmo. Foi muito triste nossa infância com
nossos pais. Minha mãe sofreu muito com meu pai. A gente não tinha nada
na vida, estávamos ali tentando achar uma pedra. Aquele sonho de
nordestino, que acha que vai achar uma pedra e vai mudar de vida, salvar
a família. Meu pai estava sempre buscando uma vida melhor para nós
duas”, contou Simaria.
Emocionada, a cantora continuou contando sobre uma das últimas cenas em que viu o pai de perto.
“Ele
tinha 44 anos e foi tomar banho. Minha mãe chamou. Meu pai era assim,
quando minha mãe chamava, ele respondia logo. E a gente era louca nele.
Ele era incrível. Ele não respondeu. A casa era de madeira, quando olhei
pelas frestas, vi ele deitado no chão, lembro até hoje, com a água
caindo nos pés”, continuou.
“Minha
mãe, como não teve estudo, e a gente era muito criança. Os amigos que
ajudaram a fazer o enterro. E foi assim. Hoje, a gente briga na justiça
pra conseguir achar o corpo pra fazer tudo direitinho, agora que a gente
pode”, explicou a cantora.
Simaria relatou que há uma busca pelo corpo do pai, ainda sem sucesso, para poder fazer um enterro digno a ele.
“Já
abriu duas vezes, mas não achou. Achou uma mulher, outra pessoa, mas
ele não. Eu tinha 11 anos quando ele morreu. E eu, nessa correria louca,
ainda não consegui parar pra resolver, porque depende da justiça pra
determinar um dia, pra exumar o corpo”.
O Fuxico

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