Renan diz que Vital do Rêgo e 16 senadores pediram varreduras telefônicas
O
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta
segunda-feira (24), durante entrevista coletiva, que 15 dos atuais
senadores e dois ex-senadores (durante o exercício do mandato)
solicitaram varreduras para identificar grampos em dependências que
frequentam.
Na sexta-feira (21), a Polícia Federal prendeu quatro
policiais legislativos, entre eles o diretor da Polícia do Senado,
suspeitos de prestar serviços de contrainteligência para ajudar
senadores investigados na Operação Lava Jato.
Segundo Renan
Calheiros, os pedidos foram legais e não foram identificadas “anomalias”
nas solicitações. “Esses pedidos foram feitos na forma da Constituição e
do regulamento do Senado”, afirmou Renan.
“Foram dezenas os pedidos de senadores para detecção de grampos ilegais. Muitos deles são de senadores que sequer eram investigados nem nessa nem em nenhuma outra operação”, afirmou.
“Alguns
senadores se sentiam intimidados nas suas relações familiares. Nós
tivemos casos de filhinhas de senador que foram brutalmente acordadas
pela Polícia e pelo Ministério Público”, disse Renan após ser
questionado sobre a motivação dos pedidos de varreduras em casas de
senadores.
Depois que a entrevista terminou, a assessoria do
Senado distribuiu uma lista dos senadores que fizeram a solicitação de
varredura. Na lista, estão os nomes dos seguintes senadores (em ordem
alfabética):
– Aloysio Nunes (PSDB-SP)
– Álvaro Dias (PV-PR)
– Ciro Nogueira (PP-PI)
– Eunício Oliveira (PMDB-CE)
– Fernando Collor (PTC-AL)
– Gleisi Hoffmann (PT-PR)
– Ivo Cassol (PP-RO)
– Magno Malta (PR-ES)
– Omar Aziz (PSD-AM)
– Raimundo Lira (PMDB-PB)
– Renan Calheiros (PMDB-AL)
– Simone Tebet (PMDB-MS)
– Tasso Jereissati (PSDB-CE)
– Vicentinho Alves (PR-TO)
– Waldemir Moka (PMDB-MS)
Também solicitaram varreduras quando exerciam mandatos, informou o Senado, dois ex-senadores:
– Lobão Filho (PMDB-MA)
– Vital do Rêgo (PMDB-PB)
José Sarney
Há ainda um procedimento solicitado pelo ex-senador e ex-presidente do
Senado José Sarney (PMDB-AP) fora do mandato parlamentar.
Questionado
sobre a solicitação de Sarney, Renan Calheiros afirmou apenas que “não
foi detectada nenhuma anomalia” no pedido. “Esses pedidos foram feitos
na forma da Constituição e do regulamento do Senado”, declarou.
O
advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, que defende Sarney, afirmou
que em 6 de julho do ano passado houve uma ordem de serviço para
varredura no recém-aberto escritório político do ex-presidente em
Brasília. Segundo ele, naquela ocasião Sarney não era investigado na
Lava Jato.
De acordo com o advogado, não há irregularidade no
pedido de varredura feito por Sarney porque o entendimento do Senado é
que, como ex-presidente da instituição, ele tinha direito ao serviço.
G1
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