sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Proibição das vaquejadas

Presidente de Associação dos Vaqueiros chama ‘polêmica das vaquejadas’ de hipocrisia

Publicado por: Ivyna Souto
vaquejadas
O programa Master News, da TV Master, realizou debate sobre a proibição das vaquejadas no Nordeste sob o argumento de crueldade e maus tratos com os animais. Participaram da conversa, na noite desta quinta-feira, 13, Francisco José Garcia, representante da Comissão em Defesa dos Animais da OAB Paraíba; Tarcio Teixeira, presidente do PSOL paraibano; o deputado estadual João Gonçalves; e Walter Trigueiro, da Associação de Vaqueiros Amadores da Paraíba.
tarcio teixeira
Para Tárcio Teixeira, o PSOL não poderia se furtar do debate, já que tem participado de debates sobre a regulamentação da vaquejada no Ceará, “não se trata de uma região contra a outra, mas de uma atividade que agride e maltrata os animais, é importante que as entidades em defesa dos animais e a sociedade entendam que o PSOL tem este entendimento e, por isso, participa do debate”, esclareceu.
joão Gonçalves
O deputado estadual João Gonçalves disse ser favorável a proteção dos animais, mas destacou que é cultural e que está “encrustada” na cultura do Nordeste e do país. Ele citou as mudanças nas regras para a realização de vaquejadas e destacou que, apenas na Paraíba, as vaquejadas geram cerca de 120 mil empregos; segundo ele, são 700 mil empregos em todo o Nordeste.
francisco josé garcia
O advogado Francisco José Garcia disse que a Constituição Federal prevê a proibição de crueldade com quaisquer animais no Brasil, ele destacou que a Comissão em Defesa dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Paraíba, defende a decisão do Supremo Tribunal Federal acerca da proibição de vaquejadas “por entender que as vaquejadas maltratam e prejudicam os animais”. “Existe crueldade antes, durante e depois da prática da vaquejada, começa com o enclausuramento do animal, continua com a queda do animal que traz para ele dores lancinantes e depois com as consequências dessas dores, que geram doenças para o animal”, disse.
walter trigueiro
Walter Trigueiro, da Associação dos Vaqueiros Amadores da Paraíba, disse que não foi feito um estudo de impacto econômico antes da proibição do STF para a prática da vaquejada. “Se eles se basearam apenas em imagens, se conhecer in loco ou mesmo realizar um estudo para entender quantos empregos diretos e indiretos são criados com a prática da vaquejada, queremos uma adequação e, digo com bastante clareza, não somos condizentes com maus tratos a animais, fazemos tudo de uma forma que não haja crueldade”, afirmou. Ele disse ainda que acabando com as vaquejadas, os nordestinos que trabalham com vaquejadas terão que migrar para o Sudeste do país para viver em comunidades com subempregos.
O clima esquentou quando Walter disse que há assuntos muito mais importantes para serem avaliados e considerou hipocrisia a polêmica sobre vaquejadas neste momento, Tárcio respondeu as provocações e citou as touradas espanholas, as caças de raposas na Inglaterra e várias outras atividades que faziam parte da cultura dos países e movimentavam milhões de reais, mas foram proibidas devido às agressões aos animais.
Polêmica Paraíba

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