Partidos entram com ação no STF contra direitos Políticos de Dilma Rousseff
Um
mandado de segurança de autoria do PSDB, PMDB, DEM, PPS e Partido
Solidariedade questionando a elegibilidade da ex-presidente Dilma
Rousseff, foi protocolado nesta sexta-feira (2), no Supremo Tribunal
Federal (STF).
“A nomeação da presidente cassada para qualquer cargopúblico causa
enorme instabilidade social e risco para a segurança jurídica.
Especialmente para a população em geral, que confia no funcionamento de
um modelo constitucional – muito claro, neste ponto – e é surpreendida
com um arranjo que enfraquece as consequências e as penas previstas para
a condenação por crime de responsabilidade”, diz a petição.
Além da ação dos partidos, foram levadas outras dez à Suprema Corte,
oito contestando a decisão que permitiu a Dilma voltar a exercer funções
públicas. A primeira ação protocolada no Supremo questionando a
manutenção da elegibilidade de Dilma foi assinada por Luiz Philippe de
Orleans e Bragança, líder do Movimento.
Há ainda duas ações apresentadas pela Associação Médica Brasileira (AMB)
– uma questiona o Senado e outra o presidente do STF, ministro Ricardo
Lewandowski, que conduzia o julgamento e permitiu o fatiamento da
votação.
As demais ações contra a habilitação da ex-presidente foram apresentadas
pelo Partido Social Liberal (PSL), pelo senador Alvaro Dias (PV-PR),
pelo senador José Medeiros (PSD-MT), pelo deputado federal Expedito
Netto (PSD-RO) e pelo advogado Ricardo Damasceno.
A princípio, as legendas governistas estavam em dúvida de entrar com o
mandado de segurança ou não com receio de que uma disputa na Justiça
pudesse abrir espaço para uma eventual anulação de todo o processo de
impeachment de Dilma Roussef.
Entretanto, como a própria defesa da petista já ingressou com recurso na
Suprema Corte pedindo a anulação de seu impeachment, o presidente do
partido tucano, Aécio Neves, argumentou com os quatro partidos da base
aliada de Michel Temer, que devia ser apresentado o recurso.
A ex-presidente também apresentou uma ação no STF, nesta quinta-feira
(1), para anular a condenação no impeachment e determinar que o Senado
realize uma nova votação no processo.
Jornal do Brasil
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