Guarda Costeira Italiana resgata 6,5 mil migrantes no Mar Mediterrâneo
A
Guarda Costeira italiana informou nesta terça-feira (30) que resgatou
6,5 mil pessoas no Canal da Sicília, numa das maiores operações
realizadas num só dia em 2016.
No total, foram 40 operações de resgate na segunda-feira (29), com a
participação da Marinha italiana e de embarcações de ONGs que atuam no
Mediterrâneo, além de outras das missões Frontex – a agência europeia de
fronteiras – e Eunavfor Med (Força Naval da União Europeia no
Mediterrâneo).
No domingo, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) elevou
para 332.914 o número de migrantes que conseguiram chegar à Europa pelo
Mediterrâneo em 2016, por rotas diferentes.
Segundo dados da agência da ONU para refugiados (Acnur) e da Guarda
Costeira, 112,5 mil pessoas chegaram à Itália neste ano, número pouco
abaixo dos 116 mil registrados no mesmo período do ano passado.
Em julho, a OIM anunciou que o número de mortos nas travessias a partir
da costa da Líbia já supera os 3 mil. "Esse é o período mais curto em
que chegamos a essa marca, em 2014 isso ocorreu em setembro, e em 2015,
em outubro", afirmou o porta-voz da organização Joel Millman.
A OIM considera a rota marítima entre o norte da África e a Itália como a
"mais mortal para os migrantes que buscam uma vida melhor".
Em junho, a União Europeia (UE) expandiu as operações de repressão ao
tráfico de pessoas no Mediterrâneo, que incluíam o treinamento da Guarda
Costeira da Líbia.
O ministro italiano do Exterior, Angelino Alfano, afirmou que os
chamados migrantes econômicos somam 60% das 154 mil chegadas no ano
passado. Ele ressaltou que a Itália e os demais países da UE "não podem
acolher a todos".
Após o fechamento da chamada rota dos Bálcãs, a travessia do
Mediterrâneo voltou a ser um dos meios mais utilizados pelos que tentam
chegar à Europa.
G1.com.br
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