Alta do feijão tem forte desaceleração e prévia da inflação oficial perde força
O
Índice de Preços ao Consumidor - Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma
prévia da inflação oficial, perdeu força de julho para agosto, ao passar
de 0,54% para 0,45%, segundo informou o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (24). Apesar da
desaceleração observada, a taxa de agosto é a maior para o mês desde
2004, quando o indicador subiu 0,79%.
De julho para agosto, o que mais contribuiu para que o IPCA-15
desacelerasse foi a alta de preços dos alimentos, que recuou de 1,45%
para 0,78%. Dentro desse grupo, o feijão carioca, considerado o novo
vilão da inflação, subiu bem menos de uma prévia para a outra, passando
de um aumento de 58,06% para uma alta menor, de 4,74%.
Alguns produtos registraram queda de preços em agosto. Em agosto,
ficaram mais baratos cebola (-22,81%), batata-inglesa (-18%) e
hortaliças (-9,01%).
Também ajudaram o IPCA-15 a registrar variação menor os preços de
vestuário, que recuaram 0,13%, de habitação, que tiveram queda de 0,02%,
puxadas por energia elétrica (-1,87%), e o de transportes, que
desacelerou para 0,10%.
Ao contrário dos outros grupos, o de preços relativos à educação subiram
mais de julho para agosto (de 0,1% para 0,90%). "Os cursos regulares
tiveram variação de 0,97%, enquanto os cursos diversos (informática,
idioma, etc.) subiram 1,13%", diz o IBGE.
Na análise dos preços por região, a maior variação do IPCA-15 partiu do
Rio de Janeiro (0,88%), "pressionado pela alta de 69,97% nas diárias dos
hotéis, aliado à alta de 1,15 % dos alimentos". Por outro lado, o menor
índice foi o de Curitiba, com 0,01%, pressionado pela queda de 4,76% na
tarifa de energia elétrica.
No ano, de janeiro a agosto, o indicador acumula alta de 5,66% e, em 12
meses, de 8,95%, ainda acima do teto da meta de inflação do Banco
Central, de 6,5%.
G1.com.br
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