Número de investigados no STF sobe de 54 para 364 em pouco mais de um ano
Há 14 denúncias relacionadas a 17 dos 28
inquéritos, com acusações contra 45 pessoas. Três dessas denúncias já
foram recebidas pelo STF
Por: Blog do Gordinho
Procurador-geral da República Rodrigo Janot
Em março de 2015, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de 28 inquéritos
contra 54 pessoas com foro por prerrogativa de função. Desde então, um
ano e cinco meses depois, o número de investigados saltou para 364,
entre pessoas físicas e jurídicas, divididos em 81 inquéritos. Há 14
denúncias relacionadas a 17 desses inquéritos, com acusações contra 45
pessoas. Três dessas denúncias já foram recebidas pelo STF e passaram a
tramitar como ações penais.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) já enviou ao Supremo 1.337
manifestações relacionadas à Lava Jato, tendo sido realizadas 162 buscas
e apreensões. Quanto a quebras de sigilo, o STF já autorizou, a pedido
da PGR, 147 relacionadas ao sigilo fiscal, 168 ao bancário, 121 ao
telefônico, três de sigilo telemático e duas de dados. Já houve 16
sequestros de bens e quatro de valores.
Até o momento, já foram homologadas, pelo Supremo, 41 colaborações
premiadas relacionadas à Lava Jato, das quais a maioria com réus soltos,
o que refuta a tese de que Ministério Público e Judiciário efetuam
prisões para conseguir fechar acordos. Atualmente, a Lava Jato soma, no
âmbito da Suprema Corte, R$ 79 milhões repatriados ao Brasil. Esses
valores fazem parte de um total de R$ 659 milhões já repatriados na Lava
Jato, revelando a importância da cooperação internacional para o
aprofundamento do caso e para a recuperação de recursos desviados da
Petrobras.
Atuação do Ministério Público – Em manifestação recente no Conselho
Nacional do Ministério Público, Rodrigo Janot destacou a importância de
fortalecer, cada vez mais, o Ministério Público como órgão de controle,
prezando sua autonomia e sua independência funcional. “Esses dois
institutos, ao lado da unidade, são pedras de toque para a atuação
equilibrada, profissional e objetiva do Ministério Público”,
complementou o procurador-geral da República.
Nenhum comentário:
Postar um comentário