Grávida morre após ter barriga cortada para roubo de bebê em Minas Gerais
Por
R$ 2.000, celular e corte de cabelo, cinco pessoas mataram Greiciara
Belo Vieira, 19, grávida de nove meses, para retirar o bebê que ela
estava esperando, de acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais.
Quatro dos seis acusados pelo crime, incluindo Shirley de Oliveira
Benfica, 39, acusada de ser a mandante, foram apresentadas à imprensa
nesta terça-feira (23) pela corporação. Duas pessoas estão foragidas.
Segundo
a polícia, Vieira estava viva quando teve a barriga aberta para a
retirada da criança. Ela morava em Uberlândia (537 km de Belo
Horizonte), onde foi sequestrada, e levada para Ituiutaba, a 140 km de
Uberlândia, onde foi assassinada.
Desaparecida desde quinta-feira
(18), o corpo da garota foi encontrado em um matagal, próximo a uma
represa em Ituiutaba, no domingo (21).
O UOL não
localizou advogados nomeados pelos acusados para comentar as conclusões
das investigações da Polícia Civil. Se condenados, eles podem pegar até
40 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado, sequestro,
ocultação de cadáver e subtração de incapaz.
De acordo com o delegado regional de Ituiutaba, Carlos Antônio Fernandes, Benfica planejou o crime após ter inventado para a família e o namorado uma falsa gravidez, com a intenção de manter seu relacionamento. Há oito meses, o namorado, proprietário de uma agência de veículos, queria a separação. Diante disso, ela anunciou uma gravidez.
De acordo com o delegado regional de Ituiutaba, Carlos Antônio Fernandes, Benfica planejou o crime após ter inventado para a família e o namorado uma falsa gravidez, com a intenção de manter seu relacionamento. Há oito meses, o namorado, proprietário de uma agência de veículos, queria a separação. Diante disso, ela anunciou uma gravidez.
Assim, para
manter a mentira de que esperava um filho, Benfica pediu à técnica de
enfermagem, Jacira Santos de Oliveira, 48, sua amiga, que lhe
conseguisse uma criança para adoção. Sem sucesso na empreitada, as duas
entraram em contato com Lucas Mateus da Silva, 22, conhecido como
Mirele, que conhecia Vieira e a indicou como vítima.
Na
quinta-feira (18), Mirele se encontrou com a garota com o pretexto de
entregar um presente para o bebê que iria nascer. Quando se encontraram,
a convidou para ir a uma festa, onde haveria drogas.
Ainda
segundo o delegado, após fumar maconha, a garota tomou um refrigerante
no qual havia um medicamento, se sentiu mal e entrou num veículo, por
sugestão de Benfica, que se ofereceu para levá-la para casa. Assim, a
vítima foi levada no carro por ela, pela técnica de enfermagem, por
Silva, e por Jonathan Martins Ribeiro de Lima, 24, conhecido como
Yasmin, que também participava da festa, e outros dois envolvidos para
as margens de uma represa, em Ituitaba.
Como o éter usado para
fazê-la desmaiar não surtiu efeito, a técnica em enfermagem fez uma
incisão na garota ainda viva. A criança foi retirada com ela acordada.
Depois, foi enforcada até a morte.
“A mandante do crime
apresentava a familiares e ao namorado ultrassons que falsificou,
dizendo que o parto seria esta semana. Ela chamou os autores e disse que
precisava de uma criança”, afirmou Fernandes.
“Ela falava para o
namorado e parentes que não tinha barriga da gestação por ter feito uma
abdomenoplastia (cirurgia para retirada de gordura e pele), assim, a
criança estaria por baixo da costela. Eles acreditaram”, afirmou o
delegado.
O bebê foi encontrado, em bom estado de saúde, na casa
de uma babá contratada pela acusada de ser a mandante do crime. Segundo o
delegado, essa mulher não teve nada a ver com o caso. Com quatro dias
de vida, a criança foi internada no Hospital das Clínicas de Uberlândia.
UOL
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