Bebê de mãe com morte cerebral deve ficar por no mínimo um mês na UTI, diz médico
A bebê de Rosiele Onofre Pires,
17 anos, pode ter de ficar mais um mês na UTI do Hospital Maternidade
São José, em Colatina, Noroeste do Espírito Santo. Ela nasceu 44 dias
depois de a mãe ter tido morte cerebral e ser mantida viva por aparelhos
para continuar a gestação.
O bebê, uma menina, nasceu com 1 kg e
110 gramas, na noite desta quinta-feira (18). Depois da cesárea, os
aparelhos foram desligados já que a família de Rosiele se recusou a doar
os órgãos.
Esse é o primeiro caso da história do Espírito Santo
em que uma mãe com quadro de morte cerebral foi mantida viva para que o
parto acontecesse.
De acordo com o coordenador da Unidade de
Terapia Intensiva Neonatal do Hospital Maternidade São José, Rafael
Ribeiro Teixeira, a internação da bebê na UTI neonatal pode durar no
mínimo um mês.
“Deve ser uma internação longa de UTI porque, além
dos problemas respiratórios, é um bebê que nasceu com 1,1 quilo e ainda
vai perder peso. Ela precisa atingir no mínimo dois quilos, pois diminui
bastante o risco de outras complicações”, afirma.
A bebê está recebendo suporte respiratório, nutricional e suporte de aquecimento para manter as funções vitais adequadas.
“Como
é muito pequena, ela tem que ficar na incubadora para manter a
temperatura corporal adequada. O pulmão não está completamente preparado
para funcionar sem ajuda. Então ela está respirando com a ajuda de
aparelhos e a nutrição está sendo realizada pela veia. Mas ela nasceu
bem e chorou na hora do parto”, comenta o médico Rafael.
A
recém-nascida está recebendo os cuidados necessários do hospital, mas
ainda corre risco. “É uma paciente prematura e pode evoluir para uma
insuficiência respiratória mais grave. Tem risco de pegar uma infecção,
mas estamos otimistas, pois a equipe é preparada e especializada nesse
tipo de caso”, conclui.
Caso raro é o primeiro no Estado
A equipe do Hospital Maternidade São José afirma que este tipo de caso é raro, sendo o primeiro na história do Espírito Santo no qual uma mãe com quadro de morte cerebral foi mantida por aparelhos para que o parto fosse realizado.
Segundo o coordenador da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Maternidade São José, Rodrigo Cruvinel Figueiredo, para o hospital é uma conquista cuidar de um caso como o de Rosiele.
Caso raro é o primeiro no Estado
A equipe do Hospital Maternidade São José afirma que este tipo de caso é raro, sendo o primeiro na história do Espírito Santo no qual uma mãe com quadro de morte cerebral foi mantida por aparelhos para que o parto fosse realizado.
Segundo o coordenador da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Maternidade São José, Rodrigo Cruvinel Figueiredo, para o hospital é uma conquista cuidar de um caso como o de Rosiele.
“Para
nós é muito gratificante. É um caso raro, e a gente conseguiu manter a
mãe até uma maturidade ideal para a criança”, comenta.
O médico
diz que Rosiele chegou praticamente em coma no hospital e foi
prontamente atendida. “É uma paciente com morte encefálica desde o dia 5
de julho. A causa da morte foi um vaso intracraniano que sangrou.
Estamos mantendo ela há 44 dias por aparelhos”, comenta. Essa é a quarta
gestação de Rosiele, que já sofreu dois abortos.
Rodrigo Cruvinel
Figueiredo afirma que era um quadro delicado, mas que deu certo porque
há uma equipe especializada para esse tipo de atendimento. Uma das
formas de acompanhar a bebê foi realizando o ultrassom duas vezes por
semana para saber a vitalidade fetal.
“Sempre estávamos acompanhando para realizar o parto no melhor momento. Sempre monitoramos”, finaliza.
G1
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