Senador Renan Calheiros tenta ‘agenda positiva’ para se proteger da Lava Jato
Publicado por:
Carlos Rocha
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) é um dos políticos
que está na mira da Operação Lava Jato. No entanto, para tentar resgatar
o seu papel institucional, Renan tem tentado implantar uma ‘agenda
positiva’ e reduzir os desgastes oriundos das investigações contra ele.
No entanto, a reportagem da Folha de S. Paulo destaca que a ‘agenda’
tem enfrentado resistência entre os líderes partidários, pois não foi
discutida com todos eles antes de ser anunciada.
Há duas semanas, o peemedebista convocou a imprensa para anunciar
quais projetos seriam prioritários nas últimas votações antes do recesso
branco, que começou na última sexta-feira (15) e vai até o final do
mês.
Entre os projetos anunciados está a legalização dos jogos de azar no
país e o projeto que estabelece punições para autoridades que cometerem
abusos, que ainda depende da análise de uma comissão especial.
A publicação conta que alguns líderes políticos ficaram incomodados
com a imposição de Renan e reclamaram que o presidente da Casa não
realizou nenhuma reunião para tratar do assunto antes do anúncio de sua
pauta.
Sendores avaliam que Renan passou por cima de suas prerrogativas e
‘tentou se cacifar sozinho’, ao ser o responsável pelo que seria votado,
refere a Folha.
O semestre terminou e quase nenhum dos projetos anunciados pelo
peemedebista foram analisados. A única pauta aprovada pelos senadores
foi uma proposta de emenda à Constituição que limita os gastos de
assembleias legislativas e tribunais de contas estaduais. A medida prevê
que a despesa anual desses órgãos não poderá exceder o gasto do
exercício financeiro do ano anterior. Se for maior, passará a constituir
crime de responsabilidade.
Algumas propostsa de Renan foram deixadas para o segundo semestre. O
peemebedista inicia os últimos meses de seu mandato na presidência do
Senado tendo que negociar uma pauta consensual.
No entanto, ainda de acordo com a reportagem, a realização dos Jogos
Olímpicos em agosto e a campanha eleitoral, a partir de setembro, faz
com que alguns líderes vejam com ceticismo a hipótese de a Casa
conseguir votar todos os projetos elencados por Renan até o fim do ano.
Créditos: Notícias ao Minuto
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