Pelé lança canção para Jogos Olímpicos; conheça a carreira musical do rei
Publicado por:
Amara Alcântara
Além de “rei do futebol” e para-raios de polêmicas, Pelé
é também cantor, compositor, instrumentista e parceiro de alguns dos
maiores nomes da música brasileira. À primeira vista, essa frase pode
soar estranha – e polêmica – demais, mas o fato é que o ex-jogador já se
arriscou várias vezes na música desde os anos 1960, sempre de forma
amadora.
A aventura mais recente, “Esperança”, foi lançada nesta sexta-feira (15), em homenagem aos Jogos Olímpicos do Rio, que começam em agosto. Trata-se de mais um tributo do rei à juventude.
Mas Pelé já fez mais do que isso: cantou com Elis Regina, gravou com
Jair Rodrigues e já teve até Sergio Mendes como parceiro e produtor.
No final da década de 1970, época em anunciou a aposentadoria nos Estados Unidos, chegou ao auge da carreira musical, gravando um álbum completo de estúdio.
Veja o que de melhor –ou pior– Pelé fez na música.
A estreia do “atleta do século” na música veio apadrinhada por
ninguém menos do que Elis Regina, uma das maiores intérpretes do Brasil.
O compacto “Tabelinha – Elis x Pelé” (1969) trazia duas faixas
assinadas por ele, ao estilo bossa nova: “Perdão não Tem Vez” e
“Vexamão”. Nesta última, com letra bem-humorada, Pelé brinca em diálogo
com a “Pimentinha” dizendo que não tem voz e não conseguiria cantar. Mas
ele canta. E não faz tão feio. “Em todo lugar que eu chego, todo mundo
quer que eu toque violão”, diz na música.
De pequenas e tímidas participações, Pelé progrediu para um álbum
completo com 13 músicas. Trilha do documentário homônimo, “Pelé” foi
lançado em 1977 nos EUA, com seis composições do craque, incluindo
“Cidade Grande”, que se tornou sucesso anos depois em parceria com Jair
Rodrigues. Com produção nos trinques, o álbum leva a assinatura de
Sergio Mendes, que na época integrava o grupo Brasil’ 77 e era uma das
grandes estrelas da música internacional. Hoje em dia, este disco, que
traz ainda o saxofonista Gerry Mulligan em algumas faixas, é disputado a
tapas por colecionadores.
Um dos pontos altos da carreira musical de Pelé foi o encontro com
Roberto Carlos no especial de TV de 1977. No programa, os dois “reis”
trocam figurinhas e tocam violão juntos em “Meu Mundo É Uma Bola”, com
direito a dueto vocal. Inteiramente dedicado ao futebol, o especial era
um “esquenta” para a Copa do Mundo da Argentina, que seria realizada no
ano seguinte. Os craques Garrincha e Rivelino também dão as caras.
Os saudosistas dos anos 1980 provavelmente devem se lembrar do LP
“Clube da Criança”, lançado em 1984 com as músicas do programa da TV
Manchete, que na época era apresentado por Xuxa. O álbum traz várias
participações especiais, como Sérgio Reis, o palhaço Carequinha e,
claro, Pelé. Ele assina e canta a música “Recado à Criança”, dividindo o
microfone com “Patrícia Marx” e “Luciano Nassyn”, futuros integrantes
do Trem da Alegria. Na letra, Pelé se diz uma criança grande e conclama
os “baixinhos” a espalhar por aí que “não há vida sem amor”.
A aventura mais recente, “Esperança”, foi lançada nesta sexta-feira (15), em homenagem aos Jogos Olímpicos do Rio, que começam em agosto. Trata-se de mais um tributo do rei à juventude.
No final da década de 1970, época em anunciou a aposentadoria nos Estados Unidos, chegou ao auge da carreira musical, gravando um álbum completo de estúdio.
Veja o que de melhor –ou pior– Pelé fez na música.
Tabelando com Elis Regina
Parceiro de Sergio Mendes
Encontro de “reis”
Recado à criançada
ABC, ABC…
Outro momento clássico do Pelé músico. Gravada com o grupo Trem da
Alegria, o “ABC do Bicho-papão” traz o “rei do futebol” dando lição de
moral, dizendo que gosta “de criança que não faz malcriação, que
respeita os seus pais e faz sua lição”. Em outro verso, um tanto mais
“sombrio”, ele jura que o Bicho-papão só gosta de criança que sabe ler e
escrever (?!). Em 1998, a faixa seria adaptada para a uma campanha do
Ministério da Educação, caindo de vez no gosto do público.
uol
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