Peru escolhe presidente em duelo entre Keiko Fujimori e Pablo Kuczynski
Depois
de ver sua vantagem praticamente desaparecer nos últimos dias, Keiko
Fujimori tenta neste domingo (5) se tornar a primeira mulher eleita
presidente do Peru,
em um segundo turno contra Pedro Pablo Kuczynski, que recuperou as
possibilidades de vitória, de acordo com as pesquisas mais recentes.
De
acordo com duas simulações de voto divulgadas no sábado, pelas empresas
Ipsos e GFK, Fujimori deixou de ser apontada como favorita e Kuczynski
aparece um pouco à frente da filha do autocrata Alberto Fujimori, que governou o país andino entre 1990 e 2000.
“Nada
é definitivo. Só é possível antecipar que o virtual empate de hoje
(sábado) antecipa um resultado apertado amanhã” (domingo), explicou
Alfredo Torres, presidente-executivo da Ipsos.
Quase 23 milhões de
peruanos devem comparecer às urnas neste domingo entre 8H00 (10H00 de
Brasília) e 16H00 (18H00 de Brasília). Os primeiros resultados devem ser
anunciados às 22H00 (0H00 de Brasília). O voto é obrigatório no Peru.
De
acordo com uma simulação de voto realizada na véspera do pleito pela
empresa Ipsos, Kuczynski alcançou 50,4% dos votos válidos contra 49,6%
para Fujimori. Há uma semana, era Fujimori que liderava todas as
pesquisas.
A cifra evidencia um empate técnico, pois a margem de
erro é de 1,8 ponto percentual. Foram entrevistados em todo o país 7.260
eleitores.
“A brecha pode aumentar se continuar a tendência de
crescimento de Kuczynski ou se reverter, se o ativismo da militância da
Fuerza Popular (partido de Fujimori) conseguir aumentar a participação
eleitoral e a participação ao seu favor no interior do país”, disse
Torres no sábado.
Já a simulação de votação da empresa Gfk,
atribui a Kuczynski 51,1% dos votos contra 48,9% para Fujimori. A margem
de erro é de 1,6 ponto percentual, em uma pesquisa realizada com 11.000
entrevistados, e que também configura empate técnico.
Keiko é
filha do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000), condenado por
crimes de corrupção e contra a humanidade, e conta com um sólido apoio
das classes populares. Ela aparecia como a favorita nas últimas semanas.
Sua
candidatura foi afetada recentemente por denúncias de suposta lavagem
de dinheiro e narcotráfico em seu círculo mais próximo.
Kuczynski,
por sua vez, é vinculado a grandes empresas, embora tenha capitalizado
nos últimos dias o voto antifujimorista e recebido o apoio da maioria
dos candidatos derrotados no primeiro turno – especialmente da esquerda
-, que consideram o retorno do fujimorismo prejudicial para o país.
O vencedor do segundo turno terá mandato para governar o país no período 2016-2021.
G1
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