Desemprego fica em 11,2% no trimestre encerrado em abril, diz Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE

No
trimestre anterior, de novembro de 2015 a janeiro de 2016, a
desocupação havia ficado em 9,5% e, no mesmo período, de fevereiro a
março de 2015, o havia atingido 8%.
A taxa de desocupação
trimestral está subindo há 17 meses consecutivos em comparação ao ano
anterior, segundo Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do
IBGE. “Para cada posto de trabalho que se perdeu, isso gerou duas
procuras de trabalho em um ano”, afirmou. A Pnad entrevista 211 mil
domicílios em 3.464 municípios e 15.756 setores do país.
A
população desocupada bateu os 11,4 milhões e atingiu o maior número da
série. Em relação ao trimestre encerrado em janeiro, o contingente
cresceu 18,6% e frente ao mesmo trimestre de 2015, subiu 42,1%.
Se
o número de desempregados aumenta, diminuiu o número de empregados. No
trimestre encerrado em abril, a população ocupada somou 90,6 milhões de
pessoas, indicando uma queda de de 1,1% sobre o trimestre anterior e de
1,7% sobre o mesmo período do ano passado.
“Você perdeu 1,5 milhão de postos de trabalho e aumentou 3,4 milhões de pessoas à procura por emprego, explicou Azeredo.
Dessa
quantidade de pessoas que seguem empregadas, o número daqueles que
estão no setor privado com carteira assinada também recuou: 1,8% em
comparação com o trimestre anterior e 4,3% em relação ao trimestre
encerrado em abril do ano anterior.
“Antes, a perda de carteira
era mais ou menos do tamanho do aumento do trabalho por conta própria.
Isso não está acontecendo mais [nessa proporção], o conta própria está
perdendo. Essa transferência continua acontecendo, mas de forma mais
contida. E aí qual efeito colateral? É perda de postos de trabalho e
aumenta a procura”, disse o coordenador do IBGE.
Em meio à redução
da oferta de vagas, aumentou em quase 5% a quantidade dos que decidem
trabalhar por conta própria na comparação com o mesmo trimestre de 2015.
Já em relação ao trimestre anterior, não houve variação significativa.
O número de empregados caiu 7,7% sobre o ano passado e ficou estável diante do trimestre anterior, segundo o IBGE.
Construção tem a maior queda
Três grupamentos de atividade que apresentaram queda importante na
ocupação, frente ao trimestre anterior: indústria (3,9%), comércio
(1,7%) e construção (5,1%).
Frente ao trimestre de fevereiro a
abril de 2015, a ocupação aumentou em transporte, armazenagem e correio,
5,3%; serviços domésticos, 5,1% e administração pública, defesa,
seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, 2,5%.
Por outro lado, caiu em indústria geral (11,8%) e em informação, comunicação e atividades financeiras (7,8%).
Salários
O rendimento médio real recebido pelos que estão trabalhando chegou a
R$ 1.962. Caiu em comparação com 2015 (3,3%), mas não variou muito sobre
o trimestre anterior.
G1
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