Michel Temer faz reunião no Paláco do Planalato para avaliar impacto de áudio de ministro
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Fabiano Silveira, ministro da Transparência - Conselho Nacional do Ministério Público / Creative Commons
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O
presidente interino Michel Temer está reunido na manhã desta
segunda-feira com alguns ministros e assessores mais próximos, no
Palácio do Planalto, para avaliar o impacto das novas gravações feitas
pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado na qual o ministro
Fabiano Silveira aparece dando orientações ao presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL). Na conversa, Silveira sugere que Renan
Calheiros não antecipe documentos ao Ministério Público Federal, em caso
relacionado à operação Lava-Jato.
Na noite de domingo, o ministro
da Transparência esteve com Temer e minimizou as gravações. Ele disse a
Temer que só havia essa gravação e que foi apenas uma avaliação do que
ocorria naquele momento na Lava-Jato.
Apesar das pressões, Temer
decidiu aguardar a conversa com o procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, e a temperatura ao longo do dia. A reunião com Janot está
marcada para o fim da tarde. Temer também conversou ontem à noite com o
ministro Moreira Franco. No Planalto, há defensores junto a Temer para
saída do ministro da Transparência.
O Sindicato Nacional dos
Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon) divulgou em seu
site na manhã desta segunda-feira nota oficial em que exige a imediata
demissão do ministro da Transparência, Fabiano Silveira. A entidade, que
reúne os servidores da antiga Controladoria-Geral da União (CGU),
também realizou uma manifestação na manhã desta segunda-feira em frente a
sua sede, em Brasília. Os servidores chegaram a ‘lavar’ a porta do
gabinete do ministro com vassouras e pediram a saída de Silveira.
Na
nota, o Unacon informou que as gravações apresentadas na noite de
domingo pelo “Fantástico” da TV Globo exigem do presidente interino
Michel Temer “respostas rápidas e assertivas”. Silveira, “ao realizar
reuniões escusas para aconselhar investigados da Operação Lava-Jato, bem
como fazer gestões junto a autoridades e órgãos públicos a fim de
apurar denúncias contra seus aliados políticos, demonstrou não preencher
os requisitos de conduta necessários para estar à frente de um órgão
que zela pela transparência pública e combate à corrupção”.
G1
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