terça-feira, 31 de maio de 2016

De volta a cena política

Conhecido pelo “sanguessugas” Ney Suassuna admite voltar à cena política em 2018

Conhecido pelo “sanguessugas” Ney Suassuna admite voltar à cena política em 2018
Ele está de volta. Quem pensou que o ex senador Ney Suassuna se aposentou da política está enganado. Em entrevista a TV Itararé na noite de ontem, segunda-feira (30), o ex senador, que ficou conhecido pelo escândalo das Sanguessugas, confidenciou que está se preparando para fazer o caminho de volta e vai concorrer nas eleições de 2018.
O Ney Suassuna, que reside no Rio de Janeiro, pretende retornar ao Senado pela Paraíba, em 2018, disputando as duas vagas que a Paraíba tem direito com os prováveis candidatos Cássio Cunha Lima (PSDB), Raimundo Lira (PMDB) e Ricardo Coutinho (PSB).
Em 2014 o ex-senador Ney Suassuna (PSL), tentou voltar a cena política, e por pouco não concorreu a a eleição novamente para o Senado.
Direto do Rio de Janeiro, ele disse na época que estava estudando uma candidatura com Cássio Cunha Lima (PSDB) ou com o governador Ricardo Coutinho (PSB). As conversas não evoluíram e Ney adiou para 2018 o sonho de voltar a cena política.
Dos sanguessugas, o então senador Ney Suassuna era o político mais influente. Foi ministro de Fernando Henrique Cardoso, era líder do PMDB no Senado e assíduo interlocutor do então presidente Lula. Um de seus assessores foi preso na Operação Sanguessuga. Segundo os Vedoin, o senador sabia do esquema, que teria rendido 225 000 reais.
O ESCÂNDALO
O caso dos sanguessugas, que estourou em meados de 2006, foi o escândalo que enlameou de vez a 52ª legislatura do Congresso Nacional - a mesma dos vampiros, mensaleiros e que tais.
Em 4 de maio de daquele ano, uma operação da Polícia Federal revelou um esquema rústico de pagamento de propina a parlamentares em troca de 10% do valor das emendas.
A fraude ocorreu na compra de mais de 1.000 ambulâncias para prefeituras de seis estados e ao longo de cinco anos causou prejuízos de 110 milhões de reais, segundo as investigações.  
O escândalo dos sanguessugas se desdobrou em CPI, que se arrastou ao longo de um ano eleitoral e lançou suspeita sobre nada menos que 87 deputados e 3 senadores de 10 partidos - cerca de 15% dos parlamentares em exercício. Na Justiça, o caso tem ainda hoje mais de 500 réus, incluindo parlamentares, prefeitos, servidores e empresários.
A grande maioria das ações penais tramita no Mato Grosso, sede da empresa Planam, de Darci e Luiz Antonio Vedoin.
Conforme levantamento feito pela Justiça Federal, a pedido de VEJA.com, apenas 66 processos foram julgados, com 39 condenações, incluindo a de cinco ex-deputados, todas em primeira instância. Só duas sentenças estão em fase de execução, uma contra uma funcionária da Planam e outra contra um assessor parlamentar - ambas as penas são de prestação de serviço, em regime aberto, além de indenização.

PBAgora

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