Conhecido pelo “sanguessugas” Ney Suassuna admite voltar à cena política em 2018

Ele
está de volta. Quem pensou que o ex senador Ney Suassuna se aposentou
da política está enganado. Em entrevista a TV Itararé na noite de ontem,
segunda-feira (30), o ex senador, que ficou conhecido pelo escândalo
das Sanguessugas, confidenciou que está se preparando para fazer o
caminho de volta e vai concorrer nas eleições de 2018.
O Ney Suassuna, que reside no Rio de Janeiro, pretende retornar ao
Senado pela Paraíba, em 2018, disputando as duas vagas que a Paraíba tem
direito com os prováveis candidatos Cássio Cunha Lima (PSDB), Raimundo
Lira (PMDB) e Ricardo Coutinho (PSB).
Em 2014 o ex-senador Ney Suassuna (PSL), tentou voltar a cena política, e
por pouco não concorreu a a eleição novamente para o Senado.
Direto do Rio de Janeiro, ele disse na época que estava estudando uma
candidatura com Cássio Cunha Lima (PSDB) ou com o governador Ricardo
Coutinho (PSB). As conversas não evoluíram e Ney adiou para 2018 o sonho
de voltar a cena política.
Dos sanguessugas, o então senador Ney Suassuna era o político mais
influente. Foi ministro de Fernando Henrique Cardoso, era líder do PMDB
no Senado e assíduo interlocutor do então presidente Lula. Um de seus
assessores foi preso na Operação Sanguessuga. Segundo os Vedoin, o
senador sabia do esquema, que teria rendido 225 000 reais.
O ESCÂNDALO
O caso dos sanguessugas, que estourou em meados de 2006, foi o escândalo
que enlameou de vez a 52ª legislatura do Congresso Nacional - a mesma
dos vampiros, mensaleiros e que tais.
Em 4 de maio de daquele ano, uma operação da Polícia Federal revelou um
esquema rústico de pagamento de propina a parlamentares em troca de 10%
do valor das emendas.
A fraude ocorreu na compra de mais de 1.000 ambulâncias para prefeituras
de seis estados e ao longo de cinco anos causou prejuízos de 110
milhões de reais, segundo as investigações.
O escândalo dos sanguessugas se desdobrou em CPI, que se arrastou ao
longo de um ano eleitoral e lançou suspeita sobre nada menos que 87
deputados e 3 senadores de 10 partidos - cerca de 15% dos parlamentares
em exercício. Na Justiça, o caso tem ainda hoje mais de 500 réus,
incluindo parlamentares, prefeitos, servidores e empresários.
A grande maioria das ações penais tramita no Mato Grosso, sede da empresa Planam, de Darci e Luiz Antonio Vedoin.
Conforme levantamento feito pela Justiça Federal, a pedido de VEJA.com,
apenas 66 processos foram julgados, com 39 condenações, incluindo a de
cinco ex-deputados, todas em primeira instância. Só duas sentenças estão
em fase de execução, uma contra uma funcionária da Planam e outra
contra um assessor parlamentar - ambas as penas são de prestação de
serviço, em regime aberto, além de indenização.
PBAgora
Nenhum comentário:
Postar um comentário