Seleção Brasileira vence Panamá nos EUA no último teste para Copa América

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Seleção Brasileira não teve dificuldades para vencer o Panamá por 2 a 0
na noite deste domingo, no Dick’s Sporting Goods Park, em Denver, nos
Estados Unidos, no último amistoso antes do início da Copa América
Centenário. Os gols da equipe foram marcados pelos atacantes Jonas, do
Benfica, e Gabriel, do Santos, um em cada tempo.
A facilidade do confronto foi tamanha que o 2 a 0 acabou aquém do
esperado para os brasileiros. Mesmo desperdiçando algumas chances, a
produção ofensiva não correspondeu às expectativas pré-jogo,
principalmente do técnico Dunga, que apostou em um estilo ofensivo e
aumentou a capacidade de atacar ainda mais com as substituições. Atrás,
ajudado pela falta de qualidade do rival, o time só teve pequenos
problemas nas bolas paradas.
O Brasil agora se concentra na disputa da Copa América Centenário, com
estreia marcada para o dia 4 de junho, sábado, na cidade de Pasadena. O
duelo contra o Equador está marcado para as 23h (de Brasília) e abre a
disputa no Grupo B, que ainda conta com Peru e Haiti. Na chave D, os
panamenhos terão pela frente a Bolívia na estreia, mas ainda encaram
Argentina e Chile.
No torneio, o segundo oficial de Dunga desde que reassumiu o comando da
equipe (afora a disputa das Eliminatórias para a Copa do Mundo), o time
ainda terá os reforços do lateral esquerdo Filipe Luís e do volante
Casemiro, que jogaram a final da Liga dos Campeões da Europa, no sábado.
Rafinha, com uma lesão muscular na coxa, ainda pode ser cortado. Seu
provável substituto seria o atacante Gabriel Jesus, do Palmeiras.
O primeiro tempo parecia destinado a mostrar uma goleada do Brasil
devido aos primeiros dois minutos, tempo que demorou para o placar ser
aberto. O gol, por sinal, saiu em uma bela jogada trabalhada, com
participação de sete atletas diferentes. Luiz Gustavo tocou para
Coutinho, que jogou para Renato Augusto, na entrada da área. O meia
rolou para Elias, que abriu para Daniel Alves, na intermediária. Ele
cruzou e Douglas Santos, pelo lado esquerdo da área, evitou a saída da
bola cruzando rasteiro para o meio. Elias foi travado por Baloy, mas
Jonas, de canhota, chutou firme para marcar.
Na sequência, a Seleção poderia ter ampliado com facilidade, tanto pela
frágil defesa do rival quanto pela qualidade demonstrada pelo setor
ofensivo. Primeiro Philippe Coutinho evitou a saída de bola já dentro da
área, pela esquerda, saiu com muita facilidade da marcação adversária e
chutou quase sem ângulo, exigindo boa defesa de Penedo.
Na sequência, aos 20 minutos, Daniel Alves abteu falta de longe e
acertou o ângulo esquerdo do goleiro panamenho, mas o arqueiro praticou
bela defesa. Depois, com facilidade para armar o jogo, Renato Augusto
resolveu se aventurar na frente e quase deixou o seu. Willian cruzou na
segunda trave, da direita para a esquerda, e o armador entrou livre
cabeceando, mas mandou para fora.
Fraco na armação e na marcação, o Panamá conseguiu sobreviver aos
primeiros 45 minutos sem sofrer gols e resolveu ir à frente pouco antes
do intervalo, apostando nas bolas alçadas na área. Na mais perigosa, já
aos 43, Baloy ganhou dos zagueiros e cabeceou com perigo, mas não
conseguiu igualar o marcador.
Mudanças e time ofensivo
Dunga não pode ouvir nas análises da partida que faltou ousadia nas suas
mudanças. Talvez incomodado com o placar magro diante de um rival tão
fraco tecnicamente, ele promoveu a entrada de Hulk no lugar do volante
Luiz Gustavo logo de cara. Dessa forma, Renato Augusto foi deslocado
para a função de segundo volante, Elias para a de primeiro, e o atacante
passou a formar dupla com Jonas.
A aposta do comandante quase foi justificada aos 12 minutos do segundo
tempo. Philippe Coutinho, dessa vez pelo lado direito, ganhou a jogada
dentro da área e, antes da bola sair, descolou cruzamento na medida para
Hulk. Sem qualquer marcação, no entanto, ele cabeceou fraco, no alto,
nas mãos do goleiro Penedo, que voltava para fazer a defesa.
Com vontade de observar o maior número possível de atletas, o treinador
então resolveu acionar a dupla santista Lucas Lima e Gabriel. Mesmo sem
grandes lances, os dois conseguiram aumentar a produção ofensiva e,
quase que naturalmente, tiveram chances de concluir. A primeira, muito
bem aproveitada, foi de Gabigol, aos 28 minutos. Após bola rebatida, na
parte da direita da área, ele dominou e tocou de chapa, no canto oposto,
rasteiro, sem chances para Penedo.
Até o final do jogo, Dunga ainda aproveitou para dar ritmo aos olímpicos
Fabinho e Rodrigo Caio, além do experiente Kaká. Já em um ritmo mais
lento do que o resto do jogo, os três tiveram poucas oportunidades para
aparecer. Na melhor, o meia, campeão da Copa do Mundo em 2002, dominou
dentro da área, girou e chutou no canto, mas Penedo defendeu e assegurou
o 2 a 0.
Redação com Gazeta Press
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