quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Violência na Venezuela

Candidato da oposição é assassinado durante comício na Venezuela

Candidato da oposição é assassinado durante comício na VenezuelaUm dirigente da oposição venezuelana e candidato nas legislativas de 6 de Dezembro foi assassinado a tiro na quarta-feira à noite, durante um comício em Altagracia de Orituco.
Luis Manuel Díaz, secretário-geral de um ramo regional do partido Ação Democrática, estava no palco e preparava-se para encerrar o comício quando se ouviram tiros. O candidato foi transportado para o hospital, mas morreu no caminho.
No palco, ao seu lado, estavam outros dirigentes e Lilian Tintori, a mulher de um dos mais conhecidos líderes da oposição da Venezuela, Leopoldo Lopéz, que está preso.
O político e advogado da oposição Ramos Allup acusou os "grupos armados" do Partido Socialista Unido da Venezuela (no poder), no poder, de serem os autores dos disparos, escreve o correspondente do jornal espanhol El País na Venezuela. A mulher de Lopéz, Lilian Tintori, escreveu no Twitter: "Denunciarei em pormenor o terror, o acosso e a violência do regime". Tintori, que está a participar na campanha da oposição em vários estados da Venezuela, disse que tem sido alvo de "acosso" e que chegou a ser "retida" num aeroporto por elementos "oficalistas".
A Mesa de Unidade Democrática, que agrupa os partidos da oposição, que concorrem juntos nas eleições, emitiu um comunicado acusando também as autoridades oficiais de estarem a incentivar grupos armados e outros ligados ao partido no poder a perturbarem a campanha através de atos de intimidação. "Queremos dizer que o Estado venezuelano é responsável, por acção e omissão, de qualquer acto de violência na Venezuela. O incitamento à violência feito ao mais alto nível do Estado semeia o ódio", diz o comunicado, citado pelo El País.
O dirigente do Primeiro Justiça, o ex-candidato presidencial Henrique Capriles (perdeu as eleições de 2013 por 2% para Nicolás Maduro) também denunciou o que considerou serem atropelos à campanha organizados pelo "oficialismo".
A Unasur, organização que agrega 12 países sul-americanos e tem observadores eleitorais na Venezuela, apelou ao fim da violência na campanha eleitoral e pediu às autoridades que abram uma investigação à morte de Díaz.
JUAN BARRETO/AFP
Publico.pt 

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