Paraibano precisa perder 100 kg para fazer bariátrica
Carlos
Antônio dos Santos Freitas, o jovem paraibano que pesa 420kg, precisa
perder pelo menos 100kg para passar por uma cirurgia bariátrica. Segundo
a equipe médica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de
Pernambuco (UFPE), que recebeu o paciente na manhã desta quinta-feira
(9), ele não tem condições clínicas para suportar o pós-operatório com
este peso. Por isso, um tratamento multidisciplinar de perda de peso
será realizado a partir de agora. A previsão é de que o processo dure
pelo menos seis meses.
“É um caminho longo, menor que seis meses
com certeza não é. Ele não pode ser operado com este peso, porque não
tem condições clínicas para suportar o pós-operatório de uma cirurgia
bariátrica. Então, precisa passar por um emagrecimento. Precisa perder
de 100 a 150kg para fazer a cirurgia, precisa ficar perto dos 300kg”,
revelou Ana Caetano, diretora técnica do Hospital das Clínicas.
Ana
Caetano ainda lembrou que o procedimento cirúrgico também vai precisar
de muito planejamento, desde a anestesia até o acompanhamento do
pós-operatório. “Ele pode sair da cirurgia, mas ter uma infecção. É um
paciente de grande risco”, explica a diretora.
Para viabilizar o
processo de emagrecimento, uma equipe multidisciplinar vai acompanhar
Carlinhos. Entre os especialistas que contribuirão com o tratamento
estão nutricionistas, fisioterapeutas, cirurgiões e educadores físicos.
Psicólogos e psiquiatras também já estão prontos para atender o
paciente, que tem problemas psicológicos, sofre de compulsão alimentar
e, segundo a família, costuma ficar agressivo com dietas. “Ele tem um
déficit cognitivo. Isso dificulta profundamente o manuseio e o
tratamento. E é por isso que precisamos do apoio da psicologia e da
psiquiatria”, esclarece Ana Caetano.
“É um caminho longo, menor
que seis meses com certeza não é. Ele não pode ser operado com este
peso, porque não tem condições clínicas para suportar o pós-operatório
de uma cirurgia bariátrica. Então, precisa passar por um emagrecimento.
Precisa perder de 100 a 150kg para fazer a cirurgia, precisa ficar perto
dos 300kg”, revelou Ana Caetano, diretora técnica do Hospital das
Clínicas.
Ana Caetano ainda lembrou que o procedimento cirúrgico
também vai precisar de muito planejamento, desde a anestesia até o
acompanhamento do pós-operatório. “Ele pode sair da cirurgia, mas ter
uma infecção. É um paciente de grande risco”, explica a diretora.
Para
viabilizar o processo de emagrecimento, uma equipe multidisciplinar vai
acompanhar Carlinhos. Entre os especialistas que contribuirão com o
tratamento estão nutricionistas, fisioterapeutas, cirurgiões e
educadores físicos. Psicólogos e psiquiatras também já estão prontos
para atender o paciente, que tem problemas psicológicos, sofre de
compulsão alimentar e, segundo a família, costuma ficar agressivo com
dietas. “Ele tem um déficit cognitivo. Isso dificulta profundamente o
manuseio e o tratamento. E é por isso que precisamos do apoio da
psicologia e da psiquiatria”, esclarece Ana Caetano.
Além disso,
será preciso cuidar dos problemas de saúde que Carlinhos desenvolveu ao
longo do tempo. Segundo o diagnóstico inicial do HC, ele sofre de
infecção urinária e uma linfangite — infecção dos vasos linfáticos –
aguda nos membros inferiores. Este último problema ainda provocou uma
úlcera na perna, que está infeccionada. O grande volume abdominal ainda
comprimiu o pulmão de Carlinhos. “Ele está em uma condição clínica de
muito risco. E precisa ser tratado independentemente da cirurgia”, fala a
diretora técnica do HC. Segundo ela, esse tratamento também vai
auxiliar a perda de peso de Carlinhos, pois o edema que se formou em
suas pernas acumula linfa e pesa. Quando for retirado, já será uma perda
importante.
Depois que esse quadro apresentar melhorias, o foco
do tratamento passará a ser o emagrecimento. E esse processo será
induzido de diversas maneiras, segundo a equipe médica. Para começar,
nutricionistas vão cuidar da reeducação alimentar do paciente, que hoje
consome níveis calóricos diários superelevados. A família não será
autorizada a levar alimentos de fora do hospital para Carlinhos, que
passará a ter uma dieta de duas mil calorias diárias. “Só com essa
restrição calórica, que é a que nós precisamos, esse paciente pode ter
uma perda de 20kg em um mês”, torce Ana Caetano.
Além do regime, o
jovem terá tratamento hormonal e acompanhamento de educadores físicos.
Segundo os médicos, será pedido que esses profissionais desenvolvam
exercícios possíveis para as condições de Carlinhos, a fim de auxiliar a
aceleração do metabolismo e o desenvolvimento de massa muscular.
“Depois, ele deve ser submetido à colocação de um balão intragástrico,
que vai competir com o volume de comida, para que ele tenha mais um
emagrecimento”, conta a médica.
Esperança
A
família de Carlos Antônio Freitas sabe que o caminho é longo e difícil,
mas está animada com o tratamento. “Agora, ele está mais contente e a
gente, mais calmo. A gente estava angustiado, porque via o sofrimento
dele e não podia fazer nada. Agora, vamos esperar pelos procedimentos”,
diz a irmã, Fabiana de Santos Freitas, que veio ao Recife com a mãe para
acompanhar tudo de perto. “Vamos passar um ano, um ano e meio. Estamos
ansiosos, mas felizes”, calcula.
Segundo Fabiana, Carlinhos está
feliz com tudo que está acontecendo. “Ele está ansioso. Quer ser
visitado e quer poder voltar a andar, ficar magro. Faz mais de oito
meses que ele não anda”, conta. Sem poder andar nem se levantar, ele
estava vivendo sentado no chão da sala de casa, em Patos, no Sertão da
Paraíba. A família saiu de lá na madrugada desta quinta-feira (9) em
direção ao Recife.
A viagem, de 434 quilômetros, foi feita em uma
van. O caminho foi devagar, para que o jovem não sofresse. Ao todo,
levou de cinco a seis horas, segundo o motorista Jair Nóbrega, que
conhece Carlinhos desde criança e se ofereceu para fazer o trajeto.
“Poder colaborar é uma coisa maravilhosa, me senti muito bem e faria
quantas vezes fosse preciso”, explica.
Jair foi acompanhado por um
médico no caminho e contou com a ajuda de bombeiros para colocar o
jovem na van. “Foi difícil colocar ele no carro, porque a cadeira era
apertada, demoramos quase duas horas. Agora, a viagem foi tranquila. Ele
veio sossegado, mas vim devagar, com cuidado, sempre parando. O médico
perguntava se ele estava sentindo alguma coisa. Ele teve todo o
aparato”, conta.
G1
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