Evangélicos oferecem gel “reparador” da virgindade

Lídia e João Ribeiro são membros da Congregação Cristã no Brasil e
pretendem lançar a linha de produtos eróticos gospel – chamada “In
Heaven” (“no céu”, em tradução livre para o português) – na próxima
edição da Erótika Fair, a principal feira do mercado, realizada em São
Paulo.
Segundo o casal, seus produtos são o “novo segredo de um casamento
feliz” e podem ajudar marido e mulher em suas aventuras sexuais. “O
nosso stand [da feira] será dividido entre céu e inferno”, brinca
Ribeiro. Sua empresa vai dividir um espaço com um revendedor de produtos
sadomasoquistas inspirados nos livros “50 Tons de Cinza”.
Para o empresário, os produtos eróticos voltados ao público
evangélico estão “resgatando o romantismo entre os casais apaixonados” e
revela que sua linha de produtos conterá prolongadores de ereção, gel
adstringente para dar a sensação de castidade, vibrador líquido e um
lubrificante que promete aumentar a excitação feminina.
“A ideia principal é que o casal se sinta à vontade para comprar e
tenha a certeza de que não está sozinho. Não há motivo para vergonha.
Somos 52 milhões de evangélicos no Brasil e não tínhamos uma linha
específica”, explica Ribeiro, que comanda uma sexshop ao lado da mulher,
segundo informações do iG.
O pastor Renato Vargens, escritor e líder da Igreja Cristã da
Aliança, em Niterói (RJ), publicou em seu blog um artigo sugerindo a
reflexão entre casais evangélicos sobre a intimidade e as práticas
sexuais.
Em seu texto, o pastor diz que “vivemos em dias onde o relativismo se
transformou numa das principais características dessa geração”, e que
por muitas vezes, sugestões dos ambientes exteriores acabam sendo
acatadas entre cristãos sem um maior cuidado em relação ao que a Bíblia
diz.
“Para nossa tristeza já existem sex shop gospel, troca de casais
gospel, além é claro de todo tipo de incentivo a promiscuidade sexual.
Se não bastasse isso, tornou-se comum ouvir de pastores que na relação
sexual do casal, tudo é lícito e tudo pode. Volta e meia eu ouço alguém
dizendo: ‘pare de caretice’; ‘Deus não se importa com o que o casal faz
entre quatro paredes, desde que seja feito com amor, tudo é válido’ […]
Segundo estes, Deus não está preocupado se o casal é adepto de
sadomasoquismo, ou troca de parceiros, ou até mesmo se usa vibradores ou
‘brinquedos eróticos’. Para os liberais da fé e [do] comportamento, o
que importa é ser feliz e nada mais. Junta-se a isso que tais pessoas
defendem práticas que efetivamente ferem os princípios deixados pelas
Escrituras, como por exemplo, o sexo anal”, criticou Vargens.
Por fim, o pastor sugere aos casais que busquem a satisfação sexual
de forma equilibrada e cuidadosa: “Sexo é santo, maravilhoso e um
presente de Deus para os casados. Isto posto, desfrute dele, sem
contudo, banalizá-lo ou transformá-lo num comportamento que fere a
santidade de Deus. Por fim, lembre-se que do ponto de vista bíblico,
liberdade, não significa libertinagem, como também, sexo não aponta para
a castração do prazer; antes pelo contrário, sexo no casamento é uma
dádiva divina, além é claro de glorificar a Deus”.
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