Paracetamol em excesso expõe pacientes a riscos, alertam cientistas

Pesquisadores
ingleses alertaram, nesta terça-feira, para a possibilidade de médicos
subestimarem os riscos a que estão expostos seus pacientes com o uso
prolongado do paracetamol, o mais popular entre os analgésicos. Doentes
crônicos que recorrem ao medicamento — usualmente, pessoas que costumam
ingeri-lo diariamente e em grande quantidade por vários anos — tendem a
aumentar o risco de morrer ou então desenvolver problemas renais,
intestinais e cardíacos, afirmaram os estudiosos.
Liderada
por Philip Conaghan, no Instituto de Medicina Reumática e
Músculo-esquelética, a equipe analisou dados a partir de oito estudos já
publicados sobre o uso frequente de paracetamol. As informações
disponíveis referem-se apenas a pessoas que tiveram o remédio receitado
por um médico e não incluíram quem compra na farmácia por conta
própria. Um
desses oito estudos tinha constatado uma taxa maior de letalidade, de
até 63%, comparando usuários do paracetamol com quem não tinha sido
receitado no período em que o estudo foi realizado. Outras quatro
pesquisas concluíram elevado risco de problemas cardiovasculares,
variando de 19% a 68%. O risco de hemorragia gastro-intestinal e outros
efeitos colaterais no intestino chegou ao máximo de 49%.
Por
fim, em três dos trabalhos acadêmicos referenciados houve acordo quanto
à ingestão de paracetamol causar problemas no sistema renal. Em todos
os casos, os riscos se relacionavam com a quantidade de remédio ingerido
— em outras palavras, quanto maior a dose, maior o risco, como
publicado no jornal britânico Annals of the Rheumatic Diseases (Anais de
Doenças Reumáticas).
ZH
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