Investigado pelo STF, Cunha não se afasta da presidência da Câmara

“Óbvio que não farei isso (se afastar da presidência). Fui líder do
PMDB com uma denúncia, fui julgado e absolvido, fui presidente da
Comissão de Constituição e Justiça quando tive um inquérito. Todos são
iguais no exercício do mandato. Todos são qualificados enquanto estiverem lá. E, finalmente, fui eleito com 267 votos (para a Presidência da Câmara)”, afirmou.
Em 2013, o STF arquivou inquérito que investigava Cunha por suposto
tráfico de influência para favorecer a refinaria de Manguinhos. No ano
passado, ele também foi absolvido da acusação de uso de documento falso
durante investigação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Rio sobre a
gestão à frente na Companhia Estadual de Habitação (Cehab), entre 1999 e
2000.
“Não vejo nada demais em abrir inquérito, não tenho a mínima
preocupação. Tem mais de 100 parlamentares com inquérito no STF. E
ninguém é culpado antes de ter sua situação avaliada e julgada pelo
STF”, disse Cunha.
Em entrevista
no programa “Jogo do Poder”, da Rede CNT, Cunha criticou também o
procurador geral da República, Rodrigo Janot, por ter pedido abertura de
inquérito contra 49 políticos citados na Operação Lava Jato. “Em
primeiro lugar, pedir abertura de inquérito contra todos já é uma coisa
absurda. Se há fatos contra alguém, esses fatos culminam em denúncia (do
Ministério Público ao STF). Agora, o inquérito vai igualar todo mundo”,
afirmou.
Quanto ao relacionamento com o governo, reclamou que o PMDB é jogado
para escanteio. “O PMDB se ressente disso, de estar escanteado. O PMDB
já vem num processo de divisão durante o processo eleitoral. A convenção
do PMDB foi uma convenção na qual 42% não queriam a aliança (com o PT).
O governo que foi eleito, do qual o PMDB faz parte, está querendo atuar
para enfraquecer o próprio PMDB”, reclamou.
BRASIL 247
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