“Da terra de onde eu venho, homem não me grita”, diz Hugo Motta
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras
da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (PMDB-PB), afirmou, nesta
quinta-feira (05), como tinha antecipado com exclusividade ao Portal MaisPB,
que criará quatro sub-relatorias para dividir os trabalhos, hoje
concentrados nas mãos do relator Luiz Sérgio (PT-RJ), e anunciou que
indicaria de ofício o nome dos sub-relatores, sem consultar o plenário.
A decisão do paraibano contrariou deputados do PT e PSOL, que
tentaram, aos berros, protestar contra o presidente indicar os
sub-relatores sem ouvir o resto do plenário e sem dar espaço para o
relator, Luiz Sérgio, de explicar seu plano de trabalho antes do
anúncio. Motta seguiu lendo o nome das sub-relatorias sem dar ouvidos às
manifestações.
A postura levou Edmilson Rodrigues (PSOL-PA) a levantar e, aos gritos, chamar o presidente, que tem 25 anos, de “moleque”.
Hugo Motta revidou, disse que não aceitaria desaforo e que não seria “fantoche de ninguém”.
“Quero aqui deixar bem claro, não admitirei desrespeito de vossas
excelências. Quem manda aqui é o presidente, respeitando o regime. Eu
não aceito desrespeito. Vossa excelência me respeite. Cabelo branco não é
sinônimo de respeito. Um deputado aqui se levantou e me desrespeitou.
Eu quero dizer a vossa excelência que eu não tenho medo de grito. Da
terra de onde eu venho, homem não grita comigo. Vossa excelência me
respeite”, rebateu.
O presidente vai criar quatro sub-relatorias para investigação
superfaturamento e gestão temerária na construção de refinarias no
Brasil; a constituição de empresas subsidiárias e sociedades de
propósito específico pela Petrobras com o fim de praticar atos ilícitos;
de superfaturamento e gestão temerária na construção e afretamento de
navios de transporte, navios-plataforma e navios-sonda; e de
irregularidades na operação da companhia Sete Brasil e na venda de
ativos da Petrobras na África.
MaisPB
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