Vovô Paulo!

ESSA LINDA RECÉM-NASCIDA É A NETINHA DO EMPRESÁRIO PAULO MARQUES, O SOLTEIRÃO MAIS COBIÇADO DO PEDAÇO! 

O inocente sono da primeira neta do empresário juruense Paulo Marques

Netos, amigo Paulo, são como heranças: você os ganha sem merecer. Sem ter feito nada para isso, de repente lhe caem do céu. É um ato de Deus. Sem se passarem as penas do amor, sem os compromissos do matrimônio, sem as dores da maternidade. E não se trata de um filho apenas suposto, como o filho adotado: o neto é realmente o sangue do seu sangue, filho de filho, mais filho que o filho mesmo...

Sessenta anos e bote força, Paulo, não é pouca coisa... Você sente, obscuramente, nos seus ossos, que o tempo passou mais depressa do que esperava. Envelhecer talvez lhe incomoda, é claro. Mas, a velhice tem as suas alegrias, as suas compensações - todos dizem isso embora você, pessoalmente, ainda não as tenha descoberto - mas acredita.

Tenho certeza, velho amigo, que às vezes lhe dá aquela nostalgia da mocidade. Não de amores nem de paixões: a doçura da meia-idade pra frente não lhe exige essas efervescências. A saudade é de alguma coisa que você tinha e lhe fugiu sutilmente junto com a mocidade. Você precisa sentir, no entanto, o prazer de bracinhos de criança no seu pescoço. Choro de criança. O tumulto da presença infantil ao seu redor.

Saiba, Paulo, que a vida nos dá os netos para nos compensar de todas as mutilações trazidas pela velhice. São amores novos, profundos e felizes que vêm ocupar aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis. 

Você precisa conhecer, portanto, o prazer e a alegria de sair de mãos dadas com a sua netinha, numa manhã de sol. Você não conhece ainda a felicidade de ver um neto sorrir e dizer: "Vô!" - Se você conhecesse sentiria seu coração estalar de felicidade, como pão ao forno.

Abra o sorriso, amigo Paulo Marques, agora você é vovô!